Em
julho, quando ainda muita coisa era só ti-ti-ti no cenário político
de Pinda, escrevemos uma opinião nossa a respeito do possível de
acontecer quando se abrissem as portas para o campo de batalha.
Agora,
quando faltam poucos dias para o pleito municipal, temos algumas
reflexões a propor, com o intuito de acrescentar ponderações ao
cardápio do eleitor, já bastante esclarecido para ser considerado
apenas um número. O cidadão anônimo é muito acima do simples
número. É pessoa merecedora de todo o respeito; nunca alvo de
enganações e promessas que fariam Pedro Malasartes, o mentiroso
mais famoso da história, ficar ruborizado diante de tanta “carice
de pau”.
Então,
temos o seguinte:
Myriam
Alckmin (23 - PPS) – parece fazer uma campanha muito discreta
para se propor a ser prefeita. Ainda não caiu em nossa caixa de
correio (ainda bem!) nenhum santinho com propaganda da moça.
Conversamos com Renato Nomoto, seu vice, e o mesmo nos afirmou ser
base do plano de governo “arrumar a casa”, referindo-se à
cidade.
Consta
ter havido uma disputa pelo direito de uso das siglas partidárias
que compõem sua coligação, algumas delas, inclusive, quase
fechadas com o candidato Isael Domingues.
Nosso
artigo de julho destacava boatos sobre uma espécie de “permuta”
de apoios: Myrinha participaria da disputa para o Executivo, rachando
votos dissidentes de Vito Ardito. Em assim acontecendo, conforme
especuladores de plantão, a sobrinha de Geraldo Alckmin teria o
apoio de Ardito para concorrer a uma cadeira na Assembleia
Legislativa, caso este fosse reeleito. Nesse formato, Myriam
disputaria com a certeza de não ganhar.
Luiz
Rosas (44 - PRP) – seu vice é Julielton Modesto,
ex-estrategista do PSDB. Pessoas de bem, no cotidiano particular de
cada um. Estratégia de campanha é não “bater” em nenhum
candidato, apenas mostrar propostas e sua viabilidade. Conta com um
expert em comunicação, o José Carlos Cataldi. Trabalhei no time
onde ele somava, nas eleições passadas, quando Gugu Mello chegava
para fazer o suposto papel de também “rachador” de votos. Há
quem afirme que a fórmula se repetiria aqui nessa opção.
Wilton
Moreno Carteiro (50 - PSOL) – não o conheço pessoalmente e
não sabia dele na vida politica, anteriormente. Chega à disputa
quase como numa “repescagem” olímpica, mas com propostas focadas
na satisfação popular. De coisas ouvidas nos bastidores do prédio
mais envidraçado de Pinda, parece não estar distante da aparente
função “quebra números”. Muitas vezes as pessoas encarregadas
de guardar segredos os deixam vazar pelo vão das palavras ao
telefone...
Vito
Ardito (45 – PSDB) – quer virar o Ano Novo com a certeza de
receber o diploma de prefeito eleito para mais quatro anos. Driblou
muitos especuladores, os quais tentavam antecipar quem seria seu
vice. Anunciou possibilidades como “uma mulher”, “um jovem”,
etc. Apareceu ao lado de diversas personalidades femininas, outro
tanto ao lado de jovens valores da política local. Entretanto,
quando de uma das muitas “inaugurações”, ouvi do doutor Marco
Aurélio: “Se o Vito convidar, aceito ser vice”. Creio ter
acontecido o convite, com alguma vantagem, pois o médico até tentou
aproximação junto ao deputado Padre Afonso, claramente sem sucesso,
levando-se em conta ter o parlamentar declarado apoio ao candidato
Dr. Isael. Ouvi, de uma conversa num supermercado, o comentário de
uma senhora a respeito da dobradinha Ardito-Villardi: “Dois velhos?
Um já “'tava ruim”, imagine dois”. A moça do caixa respondeu,
mais ou menos assim: “Já tinha um médico, brigou com ele e agora
coloca outro. Será que tem mesmo problema de saúde”?
O
atual vice-prefeito permanece no cargo, apesar de ser “metralhado”
pelo prefeito, o qual o acusa de “ganhar sem trabalhar”.
Entretanto, pelo que consta, o vice só pode trabalhar quando o
alcaide se ausenta do cargo por quaisquer motivos, sem poder
gerenciar o município. Outra possibilidade é ter designação de
atividades pelo Chefe do Executivo. Se essas hipóteses não
acontecem, como trabalhar? Neste caso, o vice – não contando mais
com a simpatia do prefeito - só pode ser considerado oposição. E é
o que está fazendo, agora, como candidato.
Isael
Domingues (22 – PR) – participou da campanha de Vito Ardito,
nas eleições passadas, como vice. Médico, teria sido pedra de
valor no resultado final das urnas. Muitos acreditavam em sua
nomeação para a Pasta da Saúde, o que não aconteceu, sendo
nomeado outro profissional médico, Dr. Mergulhão. Sabidamente o
secretário nomeado não teria condições de cumprir as promessas de
campanha, por conta de todo o País viver a doença da falta de
recursos. Numa das visitas de Vito, buscando ouvir as necessidades de
cada bairro, no Centro Comunitário da Cruz Pequena, quando Domingues
já estava secretário de Saúde, o prefeito destacou tê-lo nomeado
com prazo para solucionar os problemas do setor. Logicamente já
estava “cantando a bola”, decretando a guilhotina para mais um
supostamente não bem sucedido secretário.
Comenta-se,
nos bastidores da especulação, ter sido um recurso para ganhar
tempo enquanto a atual secretária Sandra Tutihashi se desvinculava
da Diretoria Regional de Saúde para assumir a Secretaria Municipal
da Saúde. Chegou como “Salvadora da Pátria” e enfrenta os
mesmos problemas dos anteriores secretários temporários.
Isael
carreou para seu lado a presença do vereador e experiente político
Ricardo Piorino, para ocupar a vice-prefeitura. O mesmo Piorino que
ajudou Vito Ardito, no caminhão dos discursos pela campanha da
eleição passada. Algo muito sério e forte deve ter mudado sua
disposição de continuar apoiando a Administração atual. Ganhou
confiança e reforça o time de Isael.
RESUMO
DA ÓPERA – se os especuladores, e neste time eu me incluo,
estiverem certos, aparentemente o quadro que se apresenta é o
seguinte:
Wilton,
Myriam e Rosas seriam vias de escape para quem não confia mais
em Vito e poderia votar diretamente em Isael, caso só houvesse o
confronto direto deste com aquele. Ou seja, os três candidatos
citados “desviariam para um canal “de segurança” os votos dos
descontentes. A exemplo do ocorrido com a candidatura de Gugu Mello,
no passado.
Desta
forma, continua o páreo direto entre Isael e Vito, um jovem e o
outro nem tanto.
Importante
é nos atentarmos para alguns detalhes diferenciais: de um lado, dois
“macacos velhos”. Do outro, dois proponentes de mudanças, com
foco na aceleração das soluções, utilizando principalmente o
equipamento humano e material disponível, sem comprometer
absurdamente o orçamento.
O
tempo dos namoros interpartidários já não existe, fazendo com que
as falas sejam o documento das verdades propostas pelos dois mais
fortes candidatos.
O
time “dos velhos” tem prós, mas pela aparência das
manifestações populares, muito mais “contras” do que “a
favor”. As falas desabonadoras ao prefeito são contraatacadas, por
postagens dos fieis escudeiros comissionados da atual gestão, em
redes sociais. Fato gerador de mais “pancadaria” sobre o tucano.
Os próprios soldados pecando na defesa do castelo...
O
frontal adversário de Vito, seu atual vice, consegue angariar apoio
de muitos anteriormente “do lado de lá” e isso,
indubitavelmente, atesta a insatisfação quanto ao quadro atual. Os
menos avisados ou esclarecidos denominam a isso de “trairagem”.
Tecnicamente, considero como mudança de avaliação com base nos
resultados observados.
Continha
básica: quem de 5, 3 tira, fica com... 2. Vai que o povo decide
clicar duas vezes o mesmo 2 na urna eletrônica, confirmando em
seguida?
Seria
o início da mudança, com Pindamonhangaba tendo direito a uma
verdadeira Primeira Dama?
Quem
o sabe...
Posso
sofrer retaliações pós dois de outubro, mas exerço meu direito de
cidadão, manifestando esta Minha Opinião.
Marcos
Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista
Independente
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