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sábado, 10 de setembro de 2016

REESPECULANDO A POLÍTICA DE PINDA (ou: Quem de 5, 3 tira...)

Em julho, quando ainda muita coisa era só ti-ti-ti no cenário político de Pinda, escrevemos uma opinião nossa a respeito do possível de acontecer quando se abrissem as portas para o campo de batalha.
Agora, quando faltam poucos dias para o pleito municipal, temos algumas reflexões a propor, com o intuito de acrescentar ponderações ao cardápio do eleitor, já bastante esclarecido para ser considerado apenas um número. O cidadão anônimo é muito acima do simples número. É pessoa merecedora de todo o respeito; nunca alvo de enganações e promessas que fariam Pedro Malasartes, o mentiroso mais famoso da história, ficar ruborizado diante de tanta “carice de pau”.
Então, temos o seguinte:

Myriam Alckmin (23 - PPS) – parece fazer uma campanha muito discreta para se propor a ser prefeita. Ainda não caiu em nossa caixa de correio (ainda bem!) nenhum santinho com propaganda da moça. Conversamos com Renato Nomoto, seu vice, e o mesmo nos afirmou ser base do plano de governo “arrumar a casa”, referindo-se à cidade.
Consta ter havido uma disputa pelo direito de uso das siglas partidárias que compõem sua coligação, algumas delas, inclusive, quase fechadas com o candidato Isael Domingues.
Nosso artigo de julho destacava boatos sobre uma espécie de “permuta” de apoios: Myrinha participaria da disputa para o Executivo, rachando votos dissidentes de Vito Ardito. Em assim acontecendo, conforme especuladores de plantão, a sobrinha de Geraldo Alckmin teria o apoio de Ardito para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa, caso este fosse reeleito. Nesse formato, Myriam disputaria com a certeza de não ganhar.

Luiz Rosas (44 - PRP) – seu vice é Julielton Modesto, ex-estrategista do PSDB. Pessoas de bem, no cotidiano particular de cada um. Estratégia de campanha é não “bater” em nenhum candidato, apenas mostrar propostas e sua viabilidade. Conta com um expert em comunicação, o José Carlos Cataldi. Trabalhei no time onde ele somava, nas eleições passadas, quando Gugu Mello chegava para fazer o suposto papel de também “rachador” de votos. Há quem afirme que a fórmula se repetiria aqui nessa opção.

Wilton Moreno Carteiro (50 - PSOL) – não o conheço pessoalmente e não sabia dele na vida politica, anteriormente. Chega à disputa quase como numa “repescagem” olímpica, mas com propostas focadas na satisfação popular. De coisas ouvidas nos bastidores do prédio mais envidraçado de Pinda, parece não estar distante da aparente função “quebra números”. Muitas vezes as pessoas encarregadas de guardar segredos os deixam vazar pelo vão das palavras ao telefone...

Vito Ardito (45 – PSDB) – quer virar o Ano Novo com a certeza de receber o diploma de prefeito eleito para mais quatro anos. Driblou muitos especuladores, os quais tentavam antecipar quem seria seu vice. Anunciou possibilidades como “uma mulher”, “um jovem”, etc. Apareceu ao lado de diversas personalidades femininas, outro tanto ao lado de jovens valores da política local. Entretanto, quando de uma das muitas “inaugurações”, ouvi do doutor Marco Aurélio: “Se o Vito convidar, aceito ser vice”. Creio ter acontecido o convite, com alguma vantagem, pois o médico até tentou aproximação junto ao deputado Padre Afonso, claramente sem sucesso, levando-se em conta ter o parlamentar declarado apoio ao candidato Dr. Isael. Ouvi, de uma conversa num supermercado, o comentário de uma senhora a respeito da dobradinha Ardito-Villardi: “Dois velhos? Um já “'tava ruim”, imagine dois”. A moça do caixa respondeu, mais ou menos assim: “Já tinha um médico, brigou com ele e agora coloca outro. Será que tem mesmo problema de saúde”?
O atual vice-prefeito permanece no cargo, apesar de ser “metralhado” pelo prefeito, o qual o acusa de “ganhar sem trabalhar”. Entretanto, pelo que consta, o vice só pode trabalhar quando o alcaide se ausenta do cargo por quaisquer motivos, sem poder gerenciar o município. Outra possibilidade é ter designação de atividades pelo Chefe do Executivo. Se essas hipóteses não acontecem, como trabalhar? Neste caso, o vice – não contando mais com a simpatia do prefeito - só pode ser considerado oposição. E é o que está fazendo, agora, como candidato.

Isael Domingues (22 – PR) – participou da campanha de Vito Ardito, nas eleições passadas, como vice. Médico, teria sido pedra de valor no resultado final das urnas. Muitos acreditavam em sua nomeação para a Pasta da Saúde, o que não aconteceu, sendo nomeado outro profissional médico, Dr. Mergulhão. Sabidamente o secretário nomeado não teria condições de cumprir as promessas de campanha, por conta de todo o País viver a doença da falta de recursos. Numa das visitas de Vito, buscando ouvir as necessidades de cada bairro, no Centro Comunitário da Cruz Pequena, quando Domingues já estava secretário de Saúde, o prefeito destacou tê-lo nomeado com prazo para solucionar os problemas do setor. Logicamente já estava “cantando a bola”, decretando a guilhotina para mais um supostamente não bem sucedido secretário.
Comenta-se, nos bastidores da especulação, ter sido um recurso para ganhar tempo enquanto a atual secretária Sandra Tutihashi se desvinculava da Diretoria Regional de Saúde para assumir a Secretaria Municipal da Saúde. Chegou como “Salvadora da Pátria” e enfrenta os mesmos problemas dos anteriores secretários temporários.
Isael carreou para seu lado a presença do vereador e experiente político Ricardo Piorino, para ocupar a vice-prefeitura. O mesmo Piorino que ajudou Vito Ardito, no caminhão dos discursos pela campanha da eleição passada. Algo muito sério e forte deve ter mudado sua disposição de continuar apoiando a Administração atual. Ganhou confiança e reforça o time de Isael.

RESUMO DA ÓPERA – se os especuladores, e neste time eu me incluo, estiverem certos, aparentemente o quadro que se apresenta é o seguinte:

Wilton, Myriam e Rosas seriam vias de escape para quem não confia mais em Vito e poderia votar diretamente em Isael, caso só houvesse o confronto direto deste com aquele. Ou seja, os três candidatos citados “desviariam para um canal “de segurança” os votos dos descontentes. A exemplo do ocorrido com a candidatura de Gugu Mello, no passado.

Desta forma, continua o páreo direto entre Isael e Vito, um jovem e o outro nem tanto.
Importante é nos atentarmos para alguns detalhes diferenciais: de um lado, dois “macacos velhos”. Do outro, dois proponentes de mudanças, com foco na aceleração das soluções, utilizando principalmente o equipamento humano e material disponível, sem comprometer absurdamente o orçamento.

O tempo dos namoros interpartidários já não existe, fazendo com que as falas sejam o documento das verdades propostas pelos dois mais fortes candidatos.

O time “dos velhos” tem prós, mas pela aparência das manifestações populares, muito mais “contras” do que “a favor”. As falas desabonadoras ao prefeito são contraatacadas, por postagens dos fieis escudeiros comissionados da atual gestão, em redes sociais. Fato gerador de mais “pancadaria” sobre o tucano. Os próprios soldados pecando na defesa do castelo...

O frontal adversário de Vito, seu atual vice, consegue angariar apoio de muitos anteriormente “do lado de lá” e isso, indubitavelmente, atesta a insatisfação quanto ao quadro atual. Os menos avisados ou esclarecidos denominam a isso de “trairagem”. Tecnicamente, considero como mudança de avaliação com base nos resultados observados.

Continha básica: quem de 5, 3 tira, fica com... 2. Vai que o povo decide clicar duas vezes o mesmo 2 na urna eletrônica, confirmando em seguida?

Seria o início da mudança, com Pindamonhangaba tendo direito a uma verdadeira Primeira Dama?

Quem o sabe...

Posso sofrer retaliações pós dois de outubro, mas exerço meu direito de cidadão, manifestando esta Minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista Independente


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