CLIQUE E OUÇA RÁDIO CANAL39

terça-feira, 27 de setembro de 2016

ERÊS (ou: Criança não costuma mentir)

Criança não costuma mentir, diz a sabedoria popular.

Adultos mentem, para as crianças que não sabem mentir.

A curiosidade de gente grande não entende as razões de ser permitido, às crianças, xeretar por todos os cantos.

Crianças correm, pulam, dançam, cantam.

Fazem arte, conforme definem as pessoas de mais idade.

Interessante como as crianças, muitas vezes, surpreendem os adultos...

Querem um exemplo?
Numa escolinha maternal, as crianças brincavam de bola, correndo, chutando, caindo, chorando, rindo.
Silvinho, um dos pequenos, levanta a mão e grita, avisando de um pedaço de vidro no chão.
A professorinha, deixando as crianças brincarem, lia seu livro de romance.
Ao aviso do infante, a tia se aproxima e recolhe o objeto cortante.
Silvinho bate palmas, pega a bola e grita, para os amiguinhos, que o perigo de furar a bola havia acabado...

Outro:
Matheuzinho, meu herói, pega a mochila, depois de chegar em casa, puxa o zíper e diz para a mamãe que tem atividade para fazer em casa.
A mamãe pega a agenda e o caderno. Na agenda, a Tia da Escola diz que é para a mamãe responder uma série de perguntas para o menino. Uma entrevista.
A certa altura da conversa, a mamãe diz:
-Matheus, a titia quer saber qual é o prato preferido da mamãe. O que eu escrevo?
- Prato de 'vrido" mãe!

Crianças podem tudo, pela sua aparente inocência, mas entendem, ainda, do silêncio ou do vociferar adulto.

Crianças são mensageiras da Paz e da Alegria, dia e noite, noite e dia.

Hoje se comemora o dia de Cosme e Damião que, junto com Doum, representam as crianças na tradição da Umbanda Sagrada, uma das expressões afro-brasileiras.

Ofereça um doce, a uma criança, no dia de hoje.

Não se preocupe com a idade dessa criança, mas exerça o lado criança de festejar crianças.

Abrace a sua própria criança, peça aos Erês (crianças), para que corram, pulem, xeretem e levem seu recado de Esperança ao Deus de sua crença.

Afinal, um dia você já foi criança e essa essência não pode ser desprezada em cada um de nós.

É a minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho, MTb 36001
Jornalista Independente.


Toni Garrido tem razão: “pra entender o Erê tem que estar moleque”...


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

PROSA CABOCLA (ou: Descontrair é bom e não custa caro)

Tava eu cheganu pra mais duns seis quiloms de andança a pé.
Repente, assim sem mais nem meno, trupiquei num toco de canjerana, inroscado na bera da estrada...

Foi um trancu bão, daqueles de amargá a boca di tantu duê.

Ranquei a butina, qui já tinha inté u ilástico isgarçado, ponhei fora a meia furada e arreparei u dedão isquerdo de unha rachada, sortano sangue...

Fiquei bronqueadu com us pé meu, finquei os zóio nus dois e preguntei di purquê qui eles num óia pra donde vão...

Us dois nem fizéro iscuitadu. Ficaro quétinho, nu jeitinho que tava.

Tamém, pudera né? Us pé da genti é pra levá nóis pra tudu quantu é cantu. Pisa no chão quente, si moía tudu na chuva, iscorrega na merda du gadu...

I eu aqui, quereno que eles ainda óia pra donde vão. U negócio deles é levá a genti. Oiá é tarefa dus zóios...

Di qui nissu tive lembrança, preguntei pras duas bolas de inxergá si elas num viru o danado du tocu.

Tamém siguiru quétinhu, nem piscaro. Pudera, zóio num é pra falá... Só sérvi pra avisá us miolo, os quar tem o serviçu di ponhá reparo e tomá jeito de sabê o qui fazê.

Infiei as cachola pra trabaiá e mi veio di troco u recado: 

Zé, avisá eu avisei. 'Cê num tomô sentidu e socô o pé no toco. Danô-se!

Larguei di discutí co'corpo e ponhei a inxada du lado, peguei a matula, dismarrei, mordi o teco di pão que sobrô de trazdontonte, enguli o resto de rôiz cum fejão fríu. Peguei a Pitú, distarraxei a rôia, carquei dois golis bão guela abaxo.

Desceu qui desceu queimanu... Era a nistesia. Ergui bem o toco de unha rachada, dispejei um poco bão da pinga.

Foi só agua qui desceu dozóio! Ardeu inté no fundu duzumbigu, qui nem dizia vó Bastiana.
Rasguei um pedaço da camisa rasgada, inrolei no dedão, ponhei a meia véia drentu da butina suja de merda de vaca, pindurei no cabo da inxada e toquei pra casa.

Doía muito não, mas parecia qui eu era um preto véio incorporado. Ia capenganu, puxano a fumaça do pito pra ispantá us musquito.

Sá Dona, minha nega, cuidô do dedão do seu nego. Adispois da janta, cum arroíz requentado, fejão e torresmo, lavamu as coisa e fumu drumi. Notro dia eu ia trabaiá mancano, mais ia mermo.

Finar di conta, foi só u dedão.

U pé num saiu du lugar. Ozóio tava mais aberto e us miolo avisadu pra mi avisá.
U sol rachava na cara, eu rachava lenha i um pardarzinho passo voanu, cagô na minha testa.

Pensei inté in recramá dozóio, mas a cachola gritô lá di drento:

Zé, nóis já si falamu onti,lembra? Fechei o bico, limpei a caca e toquei no batente.

Tem dia que inté di noite a genti se dana. Mais é ansim mermo. Repentemente tudo mióra.

Só num ficá carcano minhoca na cachola.

Notro tempo proseio mais cocês,

Bá noite.

Nego Tonho, o prosadô cheio de prosa.

(Marcos Ivan de Carvalho, MTb 36.001
Jornalista Independente

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SOBRE CABOS ELEITORAIS E CARGOS COMISSIONADOS

O atual gestor de Pindamonhangaba afirmou textualmente – em debate de televisão – a importância dos 300 empregados comissionados por serem, todos, competentes.

Aí já se estabelece um parâmetro discriminatório, haja vista, apesar de subjetivamente, o prefeito ter destacado a “falta de competência” dos funcionários concursados, efetivos, com estabilidade de emprego, mas não merecedores de sua confiança.

A suposta competência dos comissionados como teria sido avaliada? Sem nenhum teste, a não ser a mera simpatia ou o ardoroso partidarismo de cada um deles por ocasião das eleições passadas?

Se experiência faz a diferença, quem está no serviço público há mais tempo entende mais de administrar o erário municipal.

Por outro lado, como estabelecer nomenclatura de cargos comissionados se não há, e isso é até objeto de representação pelo Ministério Público, a correta descrição de cargos e funções dos efetivos?

Tanto assim é que os 300 são contexto de sentença judicial definindo pela extinção dos referidos cargos sem concurso.

Por outro lado, o alcaide afirma ter enorme preocupação com a atual situação de desemprego na cidade. Será que os mesmos comissionados não estão ocupando, como cabos eleitorais, a possibilidade de ganho de pais e mães de família atualmente passando necessidades?

É preciso entender ser, o serviço temporário de cabo eleitoral, uma pequena chance de muitas famílias terem um litro de leite, um quilinho de linguiça ou acém sobre a mesa, enriquecendo a alimentação do cotidiano, enquanto alimentam o sonho de tempos melhores.

Aproveitando a postagem de um comissionado apoiador do prefeito, no Facebook, vamos considerar, como salário médio dos comissionados, a irrisória quantia de R$ 5 mil.

Não vale pegar a calculadora, mas, vamos lá: 300 x 5 mil = R$ 1.500.000,00 por mês!

Daria, esse valor, para adquirir, pelo menos, 5 ambulâncias novas e responder pelo salário de profissionais habilitados em atendimento de emergência.

Enquanto, isso, muitos servidores concursados não atingem R$ 2.500 mensais, cumprem jornada de trabalho, marcam ponto e ainda precisam justificar atrasos, mínimos que sejam.

Outros equipamentos e recursos poderiam ser alcançados com a redução de despesas com “profissionais competentes”.

Será que um cabo eleitoral custaria tão caro ou, na verdade, a economia é por conta da competente fidelidade puxa-saquista garantidora da boca rica?

Boca rica sustentada no poder sem nenhuma consulta à opinião pública.

Basta ser competente para estar dentro da moralidade?

Fica, para reflexão, essa minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho.
Jornalista Independente -Mtb 36.001



sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CANDIDATOS DE PINDA FAZEM DEBATE MORNO NA BAND VALE

Assisti ao debate dos candidatos a prefeito de Pinda, na Band. Morno, apesar da adrenalina pairando no ar.
Pela ordem de disposição na bancada mediada pelo competente amigo Claudio Nicolini, foi possível perceber e destacar alguns itens:

Wilton Moreno Carteiro – moço corajoso. Deu a cara a tapas no meio de 4 adversários com alguma experiência junto ao público eleitor. Deu seu recado a Michel Temer, sem ter o que temer. Fundamentou seu plano de trabalho em buscar oportunidades para todos, com atenção para a Saúde, Emprego, Cultura e Segurança. Valeu como experiência. Não merece ser comparado ao Tiririca, pois pelo menos – apesar do nervosismo, conseguiu se expressar.

Myriam Alckmin – Decorou seu discurso. Tanto que, num momento, não conseguiu pronunciar corretamente sobre o uso de energias. Tem um formato de plano de trabalho muito rebuscado, pensando muito distante das atuais necessidades. Quer criar uma tal Unibio, no Trabijú, quando o problema maior é junto às diversas regiões mais sofridas da cidade. Até mesmo o centro, carente de reurbanização e organização. Não descarto a possibilidade de “uma carta na manga” do prefeito atual, para desviar votos de Isael.

Vito Ardito – Parece viver numa redoma onde respira felicidade, transpira satisfação, inspira alegria. Apesar disso, em alguns momentos demonstrou não ter tanto gás para responder prontamente às perguntas. Viajou muito sobre o que fez, tentando mostrar ser um verdadeiro mestre de obras com tantas habitações entregues. Nada mais do que obrigação de uso do dinheiro público. Defendeu um PS Infantil ainda inoperante cujas instalações custaram mais de R$ 7 milhões. Falou sobre Segurança, Saúde, Esportes para todos. Disse que seus comissionados são competentes. Por isso o alto custo deles, em detrimento da realização de concursos ou melhor uso dos já efetivos?
Fugiu do Plano 45, tentando alegar que as necessidades se modificam. Garante contar com o apoio dos presidentes da Associação e do Sindicato dos Funcionários Públicos. Isso não significa satisfação total dos próprios funcionários. Sobre Segurança Pública, coincidentemente afirmou que Pindamonhangaba tem entradas e saídas, num total de 22. Seria a solução indicada por ele mesmo?

Isael Domingues – também sofreu os efeitos da adrenalina ambiente, o que é normal num enfrentamento às câmeras de televisão, ao vivo. Foi o único que teve direito de resposta e, em vez de simplesmente contradizer Luiz Rosas, autor da frase que proporcionou essa ação, utilizou o tempo para se manifestar interessado na solução dos problemas da população, haja vista conhecer a Saúde melhor do que os demais participantes. Tem planos em comum com os demais, principalmente na área da Saúde e da Segurança, mas seu diferencial é buscar recursos com a redução dos cargos comissionados e com a revisão dos contratos de locação e prestação de serviços.
Usou, inteligentemente, o discurso do representante do PSOL, Wilton, para questionar o prefeito atual sobre os cargos comissionados. Com isso, foram dois a questionar Vito Ardito sobre o mesmo assunto.

Luiz Rosas – Com enorme crachá 44 no paletó e uma camisa amarela, uma das cores tucanas, iniciou sua fala com uma certa segurança, a qual se abalou um pouco também por conta da emoção e das participações dos demais. Parecia querer despejar todo o seu discurso, mas silenciava bem antes dos 10 segundos finais sempre informados pelo mediador. Tentou afirmar ser imoral a ocupação do cargo de atual vice pelo adversário Isael, mesmo sabendo das limitações impostas ao cargo pela própria estrutura legal. Referiu que o médico poderia entregar o cargo e voltar a atender em Pindamonhangaba, aumentando o quadro de profissionais. Seria, Isael, o único médico que falta para solucionar de vez a deficiência de atendimento na Saúde? Rosas fala em Segurança, Saúde e Trabalho. Questionou a ainda não construção do teatro municipal, item de campanhas anteriores do atual prefeito.

Trocando em miúdos:
Existe muita proximidade entre Vito Ardito, Myriam e Luis Rosas. De verdade, não houve nenhuma crítica bastante contundente entre eles. Wilton não foi encurralado, pois os demais adversários parecem ter visto, em sua pessoa, apenas um a mais na disputa. Seria a zebra da vez ou o “Gugu Mello de 2016”, lembrando que este saiu para a disputa sabendo que sua função seria diminuir o risco de Paulo Sérgio Torino ficar com alguns votos a mais nas eleições passadas. Foi um candidato “opcional” criado nos bastidores da coligação vencedora, podem crer.
Sobram, então, frontais digladiadores, Vito Ardito e Isael Domingues.
Daí o povo tem mais facilidade para decidir se a “experiência faz a diferença ou faz tudo ficar como está” ou vale a pena usar seu voto como “força de trabalho para a cidade realmente avançar”.
Particularmente acredito no seguinte: se há insatisfação, isso já comprovado, a melhor experiência é mudar. Do contrário, como explicar depois para nossos herdeiros que tivemos a chance e a deixamos vazar das nossas mãos por conta do medo de mudar?
Atentem para isso: o maior amigo é o medo, que nos dá oportunidade de entendermos existir um caminho melhor. O maior inimigo é o comodismo, o conformismo.
Se Pinda tem 22 saídas, o número é esse, destacado pelo próprio prefeito atual.
Em tempo e com muitos aplausos: Claudio Nicolini, sereno, educado, profissional. Orgulho-me de ter esse nome em meu rol de grandes amigos, desde os tempos de faculdade. Parabéns Band Vale!
Essa é minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, jornalista Mtb 36001

Jornalista Independente.

sábado, 10 de setembro de 2016

REESPECULANDO A POLÍTICA DE PINDA (ou: Quem de 5, 3 tira...)

Em julho, quando ainda muita coisa era só ti-ti-ti no cenário político de Pinda, escrevemos uma opinião nossa a respeito do possível de acontecer quando se abrissem as portas para o campo de batalha.
Agora, quando faltam poucos dias para o pleito municipal, temos algumas reflexões a propor, com o intuito de acrescentar ponderações ao cardápio do eleitor, já bastante esclarecido para ser considerado apenas um número. O cidadão anônimo é muito acima do simples número. É pessoa merecedora de todo o respeito; nunca alvo de enganações e promessas que fariam Pedro Malasartes, o mentiroso mais famoso da história, ficar ruborizado diante de tanta “carice de pau”.
Então, temos o seguinte:

Myriam Alckmin (23 - PPS) – parece fazer uma campanha muito discreta para se propor a ser prefeita. Ainda não caiu em nossa caixa de correio (ainda bem!) nenhum santinho com propaganda da moça. Conversamos com Renato Nomoto, seu vice, e o mesmo nos afirmou ser base do plano de governo “arrumar a casa”, referindo-se à cidade.
Consta ter havido uma disputa pelo direito de uso das siglas partidárias que compõem sua coligação, algumas delas, inclusive, quase fechadas com o candidato Isael Domingues.
Nosso artigo de julho destacava boatos sobre uma espécie de “permuta” de apoios: Myrinha participaria da disputa para o Executivo, rachando votos dissidentes de Vito Ardito. Em assim acontecendo, conforme especuladores de plantão, a sobrinha de Geraldo Alckmin teria o apoio de Ardito para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa, caso este fosse reeleito. Nesse formato, Myriam disputaria com a certeza de não ganhar.

Luiz Rosas (44 - PRP) – seu vice é Julielton Modesto, ex-estrategista do PSDB. Pessoas de bem, no cotidiano particular de cada um. Estratégia de campanha é não “bater” em nenhum candidato, apenas mostrar propostas e sua viabilidade. Conta com um expert em comunicação, o José Carlos Cataldi. Trabalhei no time onde ele somava, nas eleições passadas, quando Gugu Mello chegava para fazer o suposto papel de também “rachador” de votos. Há quem afirme que a fórmula se repetiria aqui nessa opção.

Wilton Moreno Carteiro (50 - PSOL) – não o conheço pessoalmente e não sabia dele na vida politica, anteriormente. Chega à disputa quase como numa “repescagem” olímpica, mas com propostas focadas na satisfação popular. De coisas ouvidas nos bastidores do prédio mais envidraçado de Pinda, parece não estar distante da aparente função “quebra números”. Muitas vezes as pessoas encarregadas de guardar segredos os deixam vazar pelo vão das palavras ao telefone...

Vito Ardito (45 – PSDB) – quer virar o Ano Novo com a certeza de receber o diploma de prefeito eleito para mais quatro anos. Driblou muitos especuladores, os quais tentavam antecipar quem seria seu vice. Anunciou possibilidades como “uma mulher”, “um jovem”, etc. Apareceu ao lado de diversas personalidades femininas, outro tanto ao lado de jovens valores da política local. Entretanto, quando de uma das muitas “inaugurações”, ouvi do doutor Marco Aurélio: “Se o Vito convidar, aceito ser vice”. Creio ter acontecido o convite, com alguma vantagem, pois o médico até tentou aproximação junto ao deputado Padre Afonso, claramente sem sucesso, levando-se em conta ter o parlamentar declarado apoio ao candidato Dr. Isael. Ouvi, de uma conversa num supermercado, o comentário de uma senhora a respeito da dobradinha Ardito-Villardi: “Dois velhos? Um já “'tava ruim”, imagine dois”. A moça do caixa respondeu, mais ou menos assim: “Já tinha um médico, brigou com ele e agora coloca outro. Será que tem mesmo problema de saúde”?
O atual vice-prefeito permanece no cargo, apesar de ser “metralhado” pelo prefeito, o qual o acusa de “ganhar sem trabalhar”. Entretanto, pelo que consta, o vice só pode trabalhar quando o alcaide se ausenta do cargo por quaisquer motivos, sem poder gerenciar o município. Outra possibilidade é ter designação de atividades pelo Chefe do Executivo. Se essas hipóteses não acontecem, como trabalhar? Neste caso, o vice – não contando mais com a simpatia do prefeito - só pode ser considerado oposição. E é o que está fazendo, agora, como candidato.

Isael Domingues (22 – PR) – participou da campanha de Vito Ardito, nas eleições passadas, como vice. Médico, teria sido pedra de valor no resultado final das urnas. Muitos acreditavam em sua nomeação para a Pasta da Saúde, o que não aconteceu, sendo nomeado outro profissional médico, Dr. Mergulhão. Sabidamente o secretário nomeado não teria condições de cumprir as promessas de campanha, por conta de todo o País viver a doença da falta de recursos. Numa das visitas de Vito, buscando ouvir as necessidades de cada bairro, no Centro Comunitário da Cruz Pequena, quando Domingues já estava secretário de Saúde, o prefeito destacou tê-lo nomeado com prazo para solucionar os problemas do setor. Logicamente já estava “cantando a bola”, decretando a guilhotina para mais um supostamente não bem sucedido secretário.
Comenta-se, nos bastidores da especulação, ter sido um recurso para ganhar tempo enquanto a atual secretária Sandra Tutihashi se desvinculava da Diretoria Regional de Saúde para assumir a Secretaria Municipal da Saúde. Chegou como “Salvadora da Pátria” e enfrenta os mesmos problemas dos anteriores secretários temporários.
Isael carreou para seu lado a presença do vereador e experiente político Ricardo Piorino, para ocupar a vice-prefeitura. O mesmo Piorino que ajudou Vito Ardito, no caminhão dos discursos pela campanha da eleição passada. Algo muito sério e forte deve ter mudado sua disposição de continuar apoiando a Administração atual. Ganhou confiança e reforça o time de Isael.

RESUMO DA ÓPERA – se os especuladores, e neste time eu me incluo, estiverem certos, aparentemente o quadro que se apresenta é o seguinte:

Wilton, Myriam e Rosas seriam vias de escape para quem não confia mais em Vito e poderia votar diretamente em Isael, caso só houvesse o confronto direto deste com aquele. Ou seja, os três candidatos citados “desviariam para um canal “de segurança” os votos dos descontentes. A exemplo do ocorrido com a candidatura de Gugu Mello, no passado.

Desta forma, continua o páreo direto entre Isael e Vito, um jovem e o outro nem tanto.
Importante é nos atentarmos para alguns detalhes diferenciais: de um lado, dois “macacos velhos”. Do outro, dois proponentes de mudanças, com foco na aceleração das soluções, utilizando principalmente o equipamento humano e material disponível, sem comprometer absurdamente o orçamento.

O tempo dos namoros interpartidários já não existe, fazendo com que as falas sejam o documento das verdades propostas pelos dois mais fortes candidatos.

O time “dos velhos” tem prós, mas pela aparência das manifestações populares, muito mais “contras” do que “a favor”. As falas desabonadoras ao prefeito são contraatacadas, por postagens dos fieis escudeiros comissionados da atual gestão, em redes sociais. Fato gerador de mais “pancadaria” sobre o tucano. Os próprios soldados pecando na defesa do castelo...

O frontal adversário de Vito, seu atual vice, consegue angariar apoio de muitos anteriormente “do lado de lá” e isso, indubitavelmente, atesta a insatisfação quanto ao quadro atual. Os menos avisados ou esclarecidos denominam a isso de “trairagem”. Tecnicamente, considero como mudança de avaliação com base nos resultados observados.

Continha básica: quem de 5, 3 tira, fica com... 2. Vai que o povo decide clicar duas vezes o mesmo 2 na urna eletrônica, confirmando em seguida?

Seria o início da mudança, com Pindamonhangaba tendo direito a uma verdadeira Primeira Dama?

Quem o sabe...

Posso sofrer retaliações pós dois de outubro, mas exerço meu direito de cidadão, manifestando esta Minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista Independente


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

DESAGRAVO AOS PROFISSIONAIS DA VOZ (Ou: falar é fácil, difícil é saber apresentar)

Dos bancos acadêmicos muito se aprende, muito se filtra, tudo se adequa às necessidade de uso das ferramentas de conhecimento inseridas em nosso cotidiano.

Na escola cotidiana, em cujas aulas não temos nenhuma condição de “matar aula” pelo simples fato de estarmos nela matriculados desde nossa chegada à luz, necessário se faz, acima de tudo, a busca incessante pelo conhecimento.

Em todas as atividades humanas, conhecimento é o único modo de superar dificuldades.
A falta de conhecimento, desenvolvido pela experiência e pela prática, propõe corrermos riscos geralmente desnecessários.

Para tanto, o conhecimento foi, e é, naturalmente segmentado entre as faixas de idade e por conta da individualidade do talento, contextualizado no DNA.

Por isso, trocando em miúdos, não pode o carpinteiro querer ser enfermeiro, mesmo em se tratando de pessoa talentosa e com conhecimentos. Indispensável é a prática e, acima de tudo, a formação técnica.

Após esse preâmbulo, usamos desse espaço para manifestarmos nosso desagravo a uma classe profissional atualmente bastante desconsiderada em nosso município: a dos profissionais da voz, os locutores.

Não vamos garimpar muitos exemplos, por termos em tela e na memória os dois últimos eventos comemorativos ao Dia da Independência do Brasil.

Vamos, também, minimizar o tempo dos caros leitores.

Fica assim: em um evento comemorativo e solene tal como o citado, é extremamente importante o uso da voz para anunciar cada etapa ou item de um roteiro anteriormente determinado.

Para tanto, é muito justo a escolha de um profissional da locução, capaz de manter íntimo diálogo com o microfone, sabendo tirar o maior proveito dessa ferramenta de trabalho.

Da mesma forma, o profissional da locução tem como prática de carreira a leitura antecipada do roteiro, treinando a pronúncia de nomes próprios e até substituindo palavras “bonitas” mas capazes de “quebrar a língua”, tirando o efeito da mensagem. 

Usar sinônimos sempre é recomendável, até em se considerando a plateia.

Se é preciso ler o roteiro, importa em discutir o mesmo com outra pessoa da organização, para simplificá-lo ao máximo, evitando se tornar enfadonho ou com conteúdo extenso e desnecessário.

No caso em tela, as informações devem ser passadas de forma inteligível e audível, mesmo por se tratar de evento ao ar livre, com a atuação de bandas marciais ou fanfaras, cujos toques de clarim ou tambores podem obscurecer a maior parte da fala, caso quem esteja à frente do microfone não saiba utilizar os recursos da técnica vocal.

Mastigar palavras ou engolir o final de algumas, não pode acontecer, a não ser acidentalmente. A invenção de palavras, ou o chamado “neologismo” é imperdoável, haja vista o impacto negativo para com a própria pessoa que se passa por locutor.

Outro risco desnecessário: pedir ao público “dar uma salva de palmas”. Seria tal qual pedir um minuto de silêncio no maior estádio do mundo. O grande Nelson Rodrigues, escritor brasileiro, já afirmava: “Vaia-se até um minuto de silêncio no Maracanã”.

O aplauso deve ser respeitado como manifestação espontânea das pessoas e não um gesto induzido, pois perderá, neste caso, toda a essência da sinceridade.

Também não se deve utilizar o microfone para o uso indevido de “cacos”. Para os leigos: cacos é a definição do uso, inteligente, de improvisos sobre o assunto sem trazer comprometimento ao formato geral do texto. Para isso, também, preciso se faz conhecimento e prática, junto com talento.

Aberração, então, é querer “puxar a sardinha” para o prato do chef.

Durante o desfile de ontem, em Pindamonhangaba, a pessoa responsável pelo anúncio dos diversos módulos, quando se referia ao contingente assistido pela Secretaria de Esportes, buscava reforçar com mensagem subliminar, remetendo, os mais atentos, à ação do Chefe do Executivo quando da extinção do chamado “esporte de alto rendimento” (atletas profissionais antes atuando em “defesa das cores da cidade”). “São atletas de Pindamonhangaba” ou “Todos moradores de Pindamonhangaba”, ouvia-se pelo sistema de sonorização do evento. 
Poderia, de repente, até se configurar propaganda política irregular, considerando-se ser, o prefeito, candidato à reeleição.

Enquanto isso, temos a lamentar, muitos profissionais capacitados não tiveram seus nomes lembrados para uma possível contratação de serviços à altura do evento.
Em tempo de vacas magras, economizar é importante; negociar é interessante. Não é recomendável “quebrar o galho” ou “vedar o sol com a peneira”.

Notório é sabermos de os cargos de confiança não terem contagem de horas extras, mesmo por terem a liberalidade do registro de ponto. Esse tipo de economia, entretanto, é capaz de minimizar o impacto de grandiosidade previsto para qualquer evento.

Para finalizarmos: isso tudo acontecendo ao lado de muitas autoridades da Administração local, inclusive a titular da pasta da Educação e Cultura, além de militares e civis convidados.

Por isso, em nome de uma classe de profissionais merecedores de nosso particular carinho, por termos envolvimento, conhecimento, formação e algum talento, recomendamos mais cuidado com a escolha do anunciador a ser convidado para os próximos eventos oficiais.

Em tempo e por justiça: comentário válido somente a respeito da parte não militar do desfile de Sete de Setembro, a qual teve roteiro apresentado por um comentarista do Exército.

Com a devida vênia aos colegas profissionais, e pedindo licença colega profissional Paulo Ramos, recomendamos o vídeo abaixo a todos quantos desejam se achar em condições de apresentar eventos. Notem: é apenas um apanhado de “Dicas”, não um curso completo.
Nosso abraço a todos quantos fazem da sua voz a ferramenta de melhorar o mundo.

É a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista Independente.



DESAGRAVO AOS PROFISSIONAIS DA VOZ (Ou: falar é fácil, difícil é saber apresentar)

Dos bancos acadêmicos muito se aprende, muito se filtra, tudo se adequa às necessidade de uso das ferramentas de conhecimento inseridas em nosso cotidiano.

Na escola cotidiana, em cujas aulas não temos nenhuma condição de “matar aula” pelo simples fato de estarmos nela matriculados desde nossa chegada à luz, necessário se faz, acima de tudo, a busca incessante pelo conhecimento.

Em todas as atividades humanas, conhecimento é o único modo de superar dificuldades.
A falta de conhecimento, desenvolvido pela experiência e pela prática, propõe corrermos riscos geralmente desnecessários.

Para tanto, o conhecimento foi, e é, naturalmente segmentado entre as faixas de idade e por conta da individualidade do talento, contextualizado no DNA.

Por isso, trocando em miúdos, não pode o carpinteiro querer ser enfermeiro, mesmo em se tratando de pessoa talentosa e com conhecimentos. Indispensável é a prática e, acima de tudo, a formação técnica.

Após esse preâmbulo, usamos desse espaço para manifestarmos nosso desagravo a uma classe profissional atualmente bastante desconsiderada em nosso município: a dos profissionais da voz, os locutores.

Não vamos garimpar muitos exemplos, por termos em tela e na memória os dois últimos eventos comemorativos ao Dia da Independência do Brasil.

Vamos, também, minimizar o tempo dos caros leitores.

Fica assim: em um evento comemorativo e solene tal como o citado, é extremamente importante o uso da voz para anunciar cada etapa ou item de um roteiro anteriormente determinado.

Para tanto, é muito justo a escolha de um profissional da locução, capaz de manter íntimo diálogo com o microfone, sabendo tirar o maior proveito dessa ferramenta de trabalho.

Da mesma forma, o profissional da locução tem como prática de carreira a leitura antecipada do roteiro, treinando a pronúncia de nomes próprios e até mesmo substituindo palavras “bonitas” mas capazes de “quebrar a língua”, tirando o efeito da mensagem. 

Usar sinônimos sempre é recomendável, até mesmo em se considerando a plateia.

Se é preciso ler o roteiro, importa em discutir o mesmo com outra pessoa da organização, para simplificá-lo ao máximo, evitando se tornar enfadonho ou com conteúdo extenso e desnecessário.

No caso em tela, as informações devem ser passadas de forma inteligível e audível, mesmo por se tratar de evento ao ar livre, com a atuação de bandas marciais ou fanfaras, cujos toques de clarim ou tambores podem obscurecer a maior parte da fala, caso quem esteja à frente do microfone não saiba utilizar os recursos da técnica vocal.

Mastigar palavras ou engolir o final de algumas, não pode acontecer, a não ser acidentalmente. A invenção de palavras, ou o chamado “neologismo” é imperdoável, haja vista o impacto negativo para com a própria pessoa que se passa por locutor.

Outro risco desnecessário: pedir ao público “dar uma salva de palmas”. Seria tal qual pedir um minuto de silêncio no maior estádio do mundo. O grande Nelson Rodrigues, escritor brasileiro, já afirmava: “Vaia-se até um minuto de silêncio no Maracanã”.

O aplauso deve ser respeitado como manifestação espontânea das pessoas e não um gesto induzido, pois perderá, neste caso, toda a essência da sinceridade.

Também não se deve utilizar o microfone para o uso indevido de “cacos”. Para os leigos: cacos é a definição do uso, inteligente, de improvisos sobre o assunto sem trazer comprometimento ao formato geral do texto. Para isso, também, preciso se faz conhecimento e prática, junto com talento.

Aberração, então, é querer “puxar a sardinha” para o prato do chef.

Durante o desfile de ontem, em Pindamonhangaba, a pessoa responsável pelo anúncio dos diversos módulos, quando se referia ao contingente assistido pela Secretaria de Esportes, buscava reforçar com mensagem subliminar, remetendo, os mais atentos, à ação do Chefe do Executivo quando da extinção do chamado “esporte de alto rendimento” (atletas profissionais antes atuando em “defesa das cores da cidade”). “São atletas de Pindamonhangaba” ou “Todos moradores de Pindamonhangaba”, ouvia-se pelo sistema de sonorização do evento. 
Poderia, de repente, até se configurar propaganda política irregular, considerando-se ser, o prefeito, candidato à reeleição.

Enquanto isso, temos a lamentar, muitos profissionais capacitados não tiveram seus nomes lembrados para uma possível contratação de serviços à altura do evento.
Em tempo de vacas magras, economizar é importante; negociar é interessante. Não é recomendável “quebrar o galho” ou “vedar o sol com a peneira”.

Notório é sabermos de os cargos de confiança não terem contagem de horas extras, mesmo por terem a liberalidade do registro de ponto. Esse tipo de economia, entretanto, é capaz de minimizar o impacto de grandiosidade previsto para qualquer evento.

Para finalizarmos: isso tudo acontecendo ao lado de muitas autoridades da Administração local, inclusive a titular da pasta da Educação e Cultura, além de militares e civis convidados.

Por isso, em nome de uma classe de profissionais merecedores de nosso particular carinho, por termos envolvimento, conhecimento, formação e algum talento, recomendamos mais cuidado com a escolha do anunciador a ser convidado para os próximos eventos oficiais.

Em tempo e por justiça: comentário válido somente a respeito da parte não militar do desfile de Sete de Setembro, a qual teve roteiro apresentado por um comentarista do Exército.

Com a devida vênia aos colegas profissionais, e pedindo licença ao colega profissional Paulo Ramos, recomendamos o vídeo abaixo a todos quantos desejam se achar em condições de apresentar eventos. Notem: é apenas um apanhado de “Dicas”, não um curso completo.
Nosso abraço a todos quantos fazem da sua voz a ferramenta de melhorar o mundo.

É a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista Independente.