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quinta-feira, 21 de julho de 2016

SEU PAI É ORELHUDO E NARIGUDO? (OU O SUBMARINO ERROU?)

"JÁ DEU TUDO CERTO!"
Vi essa frase num vidro traseiro de automóvel, dias atrás.
Lembrei-me do matemático e trovador João Martins de Almeida.
O mestre brincava com a pontuação das frases, em plena aula de Matemática, para nos mostrar como uma simples vírgula pode mudar uma história.
Vejam:
1) JÁ, DEU TUDO CERTO.
2) JÁ DEU, TUDO CERTO.
3) JÁ DEU TUDO, CERTO.
4)JÁ, DEU TUDO, CERTO..
Daí, pelo menos nesses exemplos, é possível - ainda, brincar com os pontos: final, exclamação ou interrogação.

Claro está eu não pretender ser ocupante de uma cadeira numa academia de imortais, conhecedores profundos do idioma pátrio, em todas as suas particularidades. Aliás, alguns patronos de cadeiras de imortais, já passados para o transcendental espaço dos espíritos, deixaram-nos belos exemplos de como bem redigir.
Alencar, o José de Iracema, por exemplo, de certa feita afirmou sobre não existir erros em redação mas, sim, maneiras diferenes de redigir. Guardadas as normas, isso é plenamente válido.

Em Pindamonhangaba, um respeitável acadêmico da Pindamonhangabense de Letras é o José Lélis Nogueira. Ensinou-me a "desQUEificar" os textos, minimizar o volume de "ques" nas frases. Muitas vezes essa partícula só provoca gordura no escrito. O moço até publicou uma obra desqueificada...

Em publicidade, assim como na poesia, acontece a licenciosidade literária, para efeito criativo.

Algumas vezes, entretanto, o arranjo sai como tiro de garrucha antiga: atinge o redator, não o leitor.
Já citei, aqui, o exemplo de uma camiseta à venda na rede de lojas Di Gaspi: continha um texto em inglês com a primeira palavra redigida erradamente: "PREASE", em vez de "PLEASE".

Agora, via email, acabo de receber um anúncio promocional para venda de presentes para os pais.
Peça publicitária comum para veiculação em internet.
Entretanto, atentem para a descrição das utilidades do KIT anunciado:


Soaria melhor se o Redator atentasse para o detalhe de ser, o aparelho, aparador de pelos das narinas e orelhas.

Qual pai gostaria de ser chamado de orelhudo ou narigudo pelos próprios filhos, ou esposa, quando não em momentos de descontração familiar?

Assim como a confusão no texto referido, muitos outros anúncios ou cartazes contêm esse tipo de pecado. Talvez não mortal, muitas vezes pejorativo para o anunciante.

Querem outro exemplo?

Faixa instalada em uma das barracas do Festival Junino, em Pinda:

Aqui, pecados que poderiam ser evitados pela empresa responsável em confeccionar as faixas e, logicamente, pela pessoa a qual encomendou os serviços de impressão.

Mas, daí, já é outra história.

Em se falando de publicidade, recomendável seria o setor competente da Municipalidade fiscalizar não só a colocação de faixas. Carece uma fiscalização quanto à remoção após o prazo de validade. Muitas vezes acontece de uma campanha terminar e a faixa ficar em exibição. Existem regras para isso. Ou não?

Salvo engano, até deve ser vigente uma Lei Municipal a respeito de faixas, cartazes, panfletagem.

O vereador autor estaria preocupado em saber sobre estar ou não sendo respeitado seu instrumento de organizar melhor a cidade?

É a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, MTb 36.001
Jornalista Independente.



terça-feira, 19 de julho de 2016

JOGOS REGIONAIS "DAQUELES TEMPOS" E DE AGORA

Velocidade e precisão.
Parecia uma verdadeira linha de montagem.
Era um time de dedicados amigos do esporte e fraternos filhos de Pindamonhangaba.
Tudo era planejado, calculado, decidido em equipe.
Redatores, datilógrafos (naquele tempo eram máquinas Remington, Facit e até uma Adler, cedida por empréstimo pelo Tulio Campello.
Papel hectográfico, álcool absoluto (96°), papel sulfite (lá da Cícero Prado), grampeadores, canetas bic...
Garrafas e mais garrafas de café. Tínhamos uma cozinha, pois o bar mais próximo, do Arthur, fechava às 22h e nós tínhamos trabalho até, no mínimo duas da manhã.
O quartel general era uma parte da residência do Zé Lélis Nogueira.
A tropa de choque chegava um pouco antes das 21h, já para ir preparando as matrizes para datilografia. Ten Oswaldo Marcondes César encarregava-se de abastecer os mimeógrafos, ajustando as esponjas, ventilando as folhas de sulfite.
Percy Lacerda, eu, Diberê (João Carlos Nogueira de Sá) assumíamos a datilografia das folhas de resultados já chegados às nossas mãos.
Piorino Filho, Jota Marcondes, Alarico Filho Tico do Fórum e mais uma turma procediam às redações de comentários, organizavam as tabelas de disputas.
Já havia outro grupo a postos, para sair em disparada, entregando os boletins às diversas delegações hospedadas em escolas da cidade. Zé Rabello, Danilo Cozzi, em seus carros, além de outros voluntários com Lambrettas ou até Mobyletes se responsabilizava em fazer chegar o material informativo às mãos dos coordenadores de cada delegação.
A equipe mais numerosa era a de Santos, a que havia se hospedado na Fazenda Coruputuba. Além de mais numerosa, era a mais tecnicamente bem preparada. Isso não queria dizer muita coisa, principalmente para o vólei masculino de Pinda, treinado pelo competente e admirado Alfredo Una de Andrade.
Quando o sexteto do Una entrava na quadra, ainda aquela lá de perto da linha do trem, dava trabalho para as “grandes” do interior do Estado. Aliás, a quadra coberta (recentemente reinaugurada) comportava o calor de uma torcida vibrante, em todas as disputas.
Fruto do sonho de Manoel Carriço e um grupo de abnegados voluntários da Comissão Municipal de Esportes, a Quadra Coberta foi palco de incríveis decisões de vólei e basquete, principalmente. Tinha a denominação de “Manoel Carriço Vieira”. Não sei porque trocaram o nome daquele ginásio da praça Melvin Jones.
Estávamos sediando, em 1971, a edição número dois do “Jogos Regionais do Vale do Paraíba e Litoral”.
A Comissão de Imprensa, da qual orgulhosamente eu fazia parte, assim como todas as outras comissões, marcou época na história dos Jogos. Nâo havia tempo ruim e todos se entendiam, até mesmo quando havia algum desentendimento passageiro.
O orguho de fazer bem feito e servir a uma causa justa, com o intutio de prestar o melhor serviço da cidade às outras cidades, sempre nos motivava a melhor fazer em cada instante de trabalho voluntário.
Antes do evento em si, foi preciso desenhar o símbolo dos Jogos. Ideia vai, ideia vem, professor Una – abenegado esportista e dedicado filatelista, apresentou um desenho de um selo comemorativo a um evento esportivo, salvo engano de meus arquivos mentais, realizado na França. Decidimos pela ideia.
Fiquei encarregado de elaborar a arte da ilustração, mas como eu não era bom desenhista de letras, o encargo desta parte foi dado ao exímio letreirista Alarico Corrêa Leite Filho. O desenho foi utilizado nos uniformes dos atletas, nos terninhos das recepcionistas, nas flâmulas, capas de relatórios, bandeiras comemorativas. Ficou “nos trinques”.
Viradas as páginas do tempo, por mais algumas vezes Pindamonhangaba sediou os Jogos Regionais.
Reprodução da arte desenvolvida por mim e pelo Alarico Filho, a qual também serviu para montagem da capa de um livro a respeito dos Jogos Regionais de 1971, escrito pelo acadêmico e parceiro de trabalho naquela oportunidade, Dr. Francisco Piorino Filho.

Este ano, mais uma vez, o evento acontece em Caraguatatuba.
Não tenho muitos detalhes sobre a representação de Pindamonhangaba, pois nenhum material nos chegou às mãos, como informe oficial. Talvez algumas equipes se desloquem até a praia.
Ainda recordo, “dos antigamente”, como nossos atletas contavam com o apoio da população na hora do embarque de ida e no momento da chegada, em retorno dos Jogos. A praça Monsenhor Marcondes ganhava vibração de uma grande parte do povo, principalmente pais e mães, namorados, maridos, amigos e simpatizantes do povo que saía para representar a cidade.
Aposto que o calor humano não tenha mudado tanto.
Acredito mais no distanciamento causado pela pouca informação à coletividade.
Mesmo assim, nesta quarta-feira, se houver gente de Pinda desfilando na abertura dos 60º Jogos Regionais, desejamos boa sorte.
Afinal, se o esporte é para todos, todos mereceriam mais informação sobre o que efetivamente acontece com nossa delegação.
Mesmo em tempos de “Lei Eleitoral”.
(Em tempo: sei que não citei o nome de todos que compartilharam a experiência de atuar na Comissão de Imprensa. Mas fica a homenagem a todos)
É a minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho, Mtb 36.001
Jornalista Independente


quinta-feira, 14 de julho de 2016

SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE ESCANDALOSO

(Professor Milad daria zero para o Marco Zero)

Começar um artigo opinativo sempre foi, para mim, um modo de recompor algumas lembranças dos tempos de juventude.

Dias atrás falei, em meu blog de Opinião, sobre os tempos de bancos escolares, quando os professores davam tudo de si para transmitir o que sabiam, com a rigidez de um meste e a ternura de um pai.

Pois então, citei no comentário anterior, o modo como o professor José Wadie Milad nos ensinava a desenhar. Principalmente as “Rosas dos Ventos”.

Desenharam no papel, com as coordenadas necessárias, a rosácea batizada, depois, de Marco Zero de Pindamonhangaba, substituindo aquele prisma fincado no chão de terra da Praça Monsenhor Marcondes. Aquele pedacinho de cimento e pedras o qual, pelo que consta, foi jogado fora.

Domingo passado, 10 de julho, dia de aniversário de Emancipação Político-Administrativa do município, algumas autoridades até pisaram, solenemente, sobre o tal Zero da Praça, perfiladas para os hinos e hasteamento das bandeiras.


Acima, Marco Zero no domingo, 10 de juho, com autoridades em ato cívico, (Foto: Marcos Ivan)

(Ah! Ia me esquecendo. A cerimônia foi aberta pela encarregada de fazer os anúncios, convidando os presentes a assistirem ao ato. Se estavam lá, paradinhos e esperando, logicamente era para assistirem ao ato cívico!).

Então, anunciada a abertura, o evento foi interrompido para uma apresentação cultural. Pipocas! Se era um evento cívico e cultura faz parte da formação cívica, porque interrompe-lo para uma intervenção cultural? Não merecia fazer parte do protocolo?



Atriz profissional durante apresentação cultural, quando do break havido no roteiro do ato cívico. (Foto: Marcos IVan)

Bem, continuemos sobre o Marco. Aliás, comentando a respeito do mesmo, pois sobre o Marco, até amanhã (pelo menos) somente os pedreiros da recuperação.
Pedreiros da recuperação?
Pois é... Alguém aprovou uma obra, pelo que consta em comentários nas redes sociais, orçada em mais de R$ 250 mil e a mesma foi entregue incorreta, errada, além de mal acabada.
Passei por lá nesta quinta-feira, 14 de julho, e avistei dois pedreiros metendo a maquita e talhadeiras no piso recém-construído...
Claro que os avistei, pois os tapumes que escondiam a arte foram removidos para entrega ao público antes de terminar o prazo liberado para inaugurações. Cremos não ter havido tempo de “tapumar” o erro para consertos...

Detalhes do Marco Zero precisarão ser remanejados. Na foto, operário utilizando a ferramenta maquita (ou Makita). (Foto: Marcos IVan).

Os trabalhadores não utilizavam as necessárias máscaras contra pó e um só utilizava óculos de segurança. Ato inseguro ou não tinham EPIs disponibilizados pela empresa responsável?
Qual o defeito? AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS INDICANDO MUNICÍPIOS VIZINHOS E OUTROS DETALHES PRÓPRIOS DE MARCOS ZEROS ESTAVAM EM LOCAIS ERRADOS!

Outro detalhe da semi-destruição do que estava pronto, porém errado. (Foto: Marcos IVan)

Seria cômico, se não fosse escandaloso!

Quem teria feito a marcação para o trabalho dos operários? Sim, alguém deve ter marcado bobeira ou não se orientou direito para orientar os que precisavam de orientação para não se desorientarem no momento de “plantar” no chão as setas de orientação!

Perceptível, na expressão dos dois trabalhadores, o ar de desconsolo pela necessária semi destruição de uma arte a qual deveria ser pétrea desde o início...

Um passarinho verde, num voo raso, cochichou em meu ouvido que alguém, quando era para terminar a obra, passou por lá, dez da noite mais ou menos e autorizou finalizarem o serviço com base na planta...

Dez da noite, com base na planta, sem medições?

Não utilizaram uma simples bússola, auxiliada pela tecnologia dos GPS para anotar, no piso ainda cru, a direção de Campos do Jordão, por exemplo?

Creio que o cidadão que denunciou o erro deve estar com as orelhas ardendo de tanto falarem dele.

(Por que tinha que falar?) (Não podia deixar para mais tarde?) (Dedo duro!) Algumas expressões possíveis de estarem despejando entre murros no ar ou com os dentes cerrados...

Pelo tempo no qual aquela obra ficou cercada por tapumes era, sem dúvida nenhuma, motivo de admiração de todos, caso o preço informado não fosse exorbitante.

Agora, com esse estúpido erro de coordenadas, como fica o responsável pela obra? A planta estaria errada ou a leitura do desenho foi um imperdoável engano?

Como fica o responsável pela aprovação da obra, em nome da Administração Municipal ?

Em tempos de pré-reta final antes da campanha eleitoral oficial, parece um tiro de canhão no pé inteiro, já que vai ser um verdadeiro jogo de xadrez descobrir o responsável direto.
Haverá alguma cabeça na bandeja, senhor mordomo?

Ih! Não queiram culpar o mordomo. Sherlock Holmes conseguirá descobrir o responsável.
Tudo bem, daí, quem “paga o pato” pela reparação?

Abel Padeiro, meu pai, nos ensinou: a batata tem seu tempo de assar. Quem tem pressa, ou come cru ou quente...

A batata estaria assando lá pelos lados da Prefeitura?
O povo merece respeito, gente!

Arrumar a casa pode demorar mais um pouco, comer o pó da pressa não é justo para o cidadão que passa o tempo todo torcendo por dias melhores.

Já pensaram o responsável pela obra tentando se orientar? Estaria perdido...

Merece esclarecimento. Além de um necessário pedido de desculpas ao povo. Há, inclusive, quem indague se isso “não dá Ministério Público”.

É a minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho, MTb 36.001
Jornalista Independente

segunda-feira, 11 de julho de 2016

CARTA ABERTA A UM CIDADÃO DE PINDAMONHANGABA

Caro amigo João:
Não fique aborrecido com a aparente discriminação sofrida quando da votação para lhe concederem, ou não, a titularidade de “Cidadão Pindamonhangabense”.
Votação, em política, de há muito perdeu a credibilidade, cedendo espaço ao interesse de poucos.

Existem, consolidados em seus sentimentos, motivos de sobra para que a Princesa o tenha como filho, não adotivo, mas sim, compreensivo e capaz.

Aliás, ser alvo da avaliação de poucos cidadãos, muitas vezes nem filhos da Princesa, para ser aceito com cidadão é muito para o lado da brincadeira. Importa, isto sim, o que você entende e sente de ser e permanecer pindamonhangabense.

A documentação civil é, tão apenas, referência.

Em Pinda você chorou de alegria, lamentou dificuldades, garimpou oportunidades e as conquistou pelo talento próprio, viveu amores, alguns dissabores. Gerou filhos. Trabalhou, e trabalha, com dignidade e respeito aos irmãos da terra. Sem ter que contar com a votação de quaisquer fazedores de leis. Pelo contrário, eles sim precisam de muitos votos para se imporem como tais.

Aposto, inclusive, que muitos deles já se beneficiaram da sua presença, do seu talento, da sua criatividade para se promoverem ou se afirmarem como “fiéis defensores dos direitos do povo”.

O sentimento de respeito, amor e cidadania que você demonstra para com Pindamonhangaba não será possível de avaliar numa simples votação para concessão de títulos honoríficos.

A honra você vive, de ser daqui de Pinda. Mesmo que um grupinho tenha atingido o orgasmo político de não o contemplar com a materialidade do título.

Esse Título de Cidadania já lhe pertence, faz tempo!

Desde o primeiro momento no qual você conseguiu falar o nome da cidade e desenhou as primeiras trovas em homenagem a ela. Bebeu da água da bica, correu pelas ruas de terra e reverenciou seus pais por estarem ao seu lado, nesta terra querida, também minha mãe por adoção.

Nem precisou seguir este ou aquele político de carreira para ser merecedor da honraria.

Parabéns, João Paulo Ouverney, por ser filho de Pindamonhangaba, com todo respeito a Santo Antônio do Pinhal.

É a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, jornalista independente MTb36001.


sexta-feira, 8 de julho de 2016

RESPEITO É BOM E O POVO JÁ NÃO ENGOLE SAPOS

 Certa feita, quando eu trabalhava na Rádio Difusora, então instalada sobre o Supermercado Zézinho (hoje loja de calçados) na rua Campos Salles, precisei ligar para o escritório de uma gravadora, em São Paulo.
Apesar de a telefonia ser moderna, havia o tal de “linhas cruzadas”.
Peguei o aparelho, disquei o número desejado e fiquei aguardando. Súbito, ouço uma voz dizendo "alô" a um certo Paulinho.
Antes de eu ter tempo de responder não ser o Paulinho, ouvi a mesma voz dizer ser o Armando Pinheiro.
Daí o tal Paulinho, com voz de assustado, disse estar precisando de uma decisão, já que o partido estava cobrando uma posição.
Pinheiro, do outro lado, disse para o Paulinho “ir empurrando com a barriga” pois “não tinha interesse em correr com a solução pedida”. O interlocutor tentou argumentar, mas não teve muita atenção do moço de São Paulo, o qual já havia puxado outro assunto para conversarem.
Como jornalista, tentei entender mais da conversa, mas, sobre a mesma ouvi a voz que me interessava. “Gravadora Chantecler, boa tarde”. Daí, tratei do meu assunto e deixei Pinheiro e Paulinho se entenderem.
Só sei que era para o moço de Pinda enganar os parceiros de partido, empurrando com a barriga ou os fazendo digerirem sapos, colocando uma pedra no caminho deles...
Uma pedra no caminho.
Vi uma, ontem à tarde, na Praça Monsenhor Marcondes.
Seria a identificadora do “Marco Zero” da cidade?
Abandonada, ao lado do “Zerão” que desenharam no chão?
Aliás, aquele zerão me trouxe à lembrança as aulas de desenho do professor José Wadie Milad.
Ele era extremamente exigente na execução dos exercícios a nós passados. Lápis número 3 ou 4 para o esboço, número 1 para acabamento. Obrigatórios: esquadros de 90° e 45°, transferidor, régua. Borracha? Jamais!
O desenho da “rosa dos ventos” era crucial para nós, aprendizes da arte de riscar corretamente. O encontro das linhas traçadas precisava ser impecável, sem sobreposições. O traço carecia de ser firme, decidido. Para a arte ser, efetivamente arte.
A rosácea construída sobre o chão da praça, tem aparência de arte bonita, quase bem-acabada. Mas, pelo seu desempenho até o presente momento, tende a acabar antese de ser funcional. O arremate está precário. Um senhorzinho dos seus 75 anos comentou comigo, en passant: “O chão ‘tá esfarelando, rapaz! Se “bobeá”, não sobra muito”.
Indaguei ao experiente cidadão qual a razão de sua afirmação.
“Tenho uns tempinho de pedreiro”...
Então, aquele baita zero estaria por merecer nota zero do professor Milad, quanto ao acabamento?
Não tive acesso à informação de custo, mas circula no Facebook o papo de ter custado muitos mil reais...
E a pedra. Se por lá ainda estiver, tem cara de ser o “Marco Zero” inicial, fincado naquele chão de muitas histórias e com muitas histórias registradas em sua sólida constituição natural. Na foto acima, local aproximado da então "Pedra do Marco Zero" (Foto de nosso acervo, clicada em 2013, durante solenidade cívica do 10 de julho).
Custo zero para a Mãe Natureza, pródiga em nos contemplar com exemplos de simplicidade significativa.
A pedra, neste caso fundamental para demarcar o começo de todas as direções do município, teria sido deixada à beira do caminho, relegada a resto?
Mereceria, a Pedra do Marco Zero, um destaque em algum repositório do Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina?
Fica a dica.
Em tempo: o idoso, quando retomou seu caminho, comentou em voz alta, para a praça: “Tanto tapume pra fazer uma roda no chão”!...
Creio estar necessária uma informação mais detalhada ao povo, quanto ao Marco Zero e, também, quanto às anunciadas obras de upgrade na Praça. Aliás, a esse respeito, o competente Jorge Samahá havia nos dito, meses atrás, ter um projeto contemplando a Praça Monsenhor Marcondes. Iria acontecer, segundo o profissional, uma mudança geral.
Lembrei-me de que o atual design da praça tem o talento do professor Milad, o qual a redesenhou a partir do ponto de vista da sacada de sua residência...
É imprescindível não deixar o povo acreditar que seja mais um sapo a engolir...
Mesmo porque, atualmente, os sapos da fonte da praça estão desativados...
É a minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho, MTb 36.001

Jornalista Independente

segunda-feira, 4 de julho de 2016

ESPECULAR A POLÍTICA É POLITICAMENTE CORRETO.

Pindamonhangaba, assim como a grande maioria dos municípios brasileiros, ingressa definitivamente no “teatro de operações” focadas nas urnas de outubro.

A escolha do grupo de pessoas a gerir os destinos do Legislativo local é uma verdadeira guerra, nestes primeiros tempos de ação, considerando-se a intenção boa de todos, pelo menos é o apregoado unanimemente por eles candidatos, enquanto pré-escolhidos.

Querido amigo, saudoso já entre nós do plano terrestre, Percy Lacerda sempre nos dizia (a mim e demais parceiros da Difusorinha) que a política não é uma caixinha de surpresas. “Se for política decente, só vai alegrar a gente. Fui vereador, mas antes trabalhei como funcionário da Câmara. Conheci muitos honestos; outros dos quais podíamos desconfiar. Depois, me desencantei com o andar da carruagem”, comentou certa feita num almoço do qual participávamos como funcionários da empresa.

Outro mestre incrível, Luiz Lopes Corrêa, noticiarista de rádio e televisão, o qual também já fez sua passagem, estabeleceu sua referência à política e todas as demais ações do procedimento humano, em um breve conselho: “Moço, em política e na vida só devemos acreditar em quem nos respeita, mesmo sem saber nosso nome”. Sábio, aquele baixinho de chapéu e gravatinha borboleta...

Os dois foram de minha consideração e admiração. Apesar de muito mais capacitados e habilitados do que muitos de nós outros, exerciam a simplicidade do dom de ensinar.

Agora, abro meus e-mails e encontro, mais uma edição do Blog escrito pelo José Carlos Cataldi experiente causídico e nobre companheiro das lides jornalísticas levadas a sério.

Sim, cabe aqui destacarmos que seriedade demanda exercício pleno, mesmo quando o jornalista está   qualificado como setorista do segmento de humor. A todos compete exercer seriedade na comunicação, para que esta não caia no ridículo e seja motivo de comentários desabonadores.

Então, o Cataldi é um cidadão bem informado e capaz de manter olhos de lince (ou águia) nos momentos de observar o que acontece em público, principalmente quando alguns velhos combatentes da política começam testes com “novas armas”, dotadas de “boa munição”.

As novas armas são as carinhas pinçadas do contexto da sociedade não tão anônima e nem tanto inexperiente, mas, sim, trazendo o verniz da boa formação familiar e/ou cultural, bem destacadas nos meios de grandes amizades por conta de serviços prestados à comunidade. Acentuadamente no terceiro setor.

Essas novas armas, muitas vezes em mãos menos conscientes do seu valor de conquista, são manipuladas, passam por discretas transfigurações em seu comportamento, por conta da citada manipulação e, sem terem plena noção da sua potencialidade enquanto atores no teatro de operações da política, se tornam vítimas daqueles especializados em fazerem vítimas dos interesses nem sempre universais e capazes de melhorar a vida do povo.

Muitos beneméritos cidadãos, homens e mulheres, não sonhavam em ocupar parte de seu precioso tempo com a política. Mas, a massa de manobra, representada pela abordagem massiva e dissimulada, promove o despertar – nessas novas figuras inseridas nos corredores políticos – de possibilidades para a mais rápida solução das dificuldades das entidades ou pessoas às quais assistem com suas obras beneficentes. 

Resumindo: muitas pessoas de bem são levadas à condição de “imãs de eleitores”, servindo de possíveis facilitadores do acesso ao poder por parte daqueles que se interessam só pelo poder, sem a mínima preocupação com o que vier a acontecer ou resultar às “novas armas de campanha”.

Mesmo porque, após o que for determinado pelas urnas, a vida volta ao normal (?) para todos, inclusive para as vítimas usadas como armas.

Para quem acredita em Coelho da Páscoa, Cegonha e Papai Noel, a promessa dos líderes candidatos de nenhuma boa intenção pode parecer a nota de verdade.

Mas pode ser uma perigosa bomba não programada, capaz de explodir com seus ideais de bem servir à comunidade menos favorecida pela vontade política.

Corretamente político seria os políticos de carreira mostrarem as garras, pelo menos, revelando suas verdadeiras intenções aos políticos emergentes de boa intenção. Assim, estes teriam tempo de não arriscar sua felicidade em servir ao próximo em troca de apenas servirem para o próximo, correndo o risco de posterior descarte.

É a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho
MTb 36.001

Jornalista Independente.