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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CANDIDATOS DE PINDA FAZEM DEBATE MORNO NA BAND VALE

Assisti ao debate dos candidatos a prefeito de Pinda, na Band. Morno, apesar da adrenalina pairando no ar.
Pela ordem de disposição na bancada mediada pelo competente amigo Claudio Nicolini, foi possível perceber e destacar alguns itens:

Wilton Moreno Carteiro – moço corajoso. Deu a cara a tapas no meio de 4 adversários com alguma experiência junto ao público eleitor. Deu seu recado a Michel Temer, sem ter o que temer. Fundamentou seu plano de trabalho em buscar oportunidades para todos, com atenção para a Saúde, Emprego, Cultura e Segurança. Valeu como experiência. Não merece ser comparado ao Tiririca, pois pelo menos – apesar do nervosismo, conseguiu se expressar.

Myriam Alckmin – Decorou seu discurso. Tanto que, num momento, não conseguiu pronunciar corretamente sobre o uso de energias. Tem um formato de plano de trabalho muito rebuscado, pensando muito distante das atuais necessidades. Quer criar uma tal Unibio, no Trabijú, quando o problema maior é junto às diversas regiões mais sofridas da cidade. Até mesmo o centro, carente de reurbanização e organização. Não descarto a possibilidade de “uma carta na manga” do prefeito atual, para desviar votos de Isael.

Vito Ardito – Parece viver numa redoma onde respira felicidade, transpira satisfação, inspira alegria. Apesar disso, em alguns momentos demonstrou não ter tanto gás para responder prontamente às perguntas. Viajou muito sobre o que fez, tentando mostrar ser um verdadeiro mestre de obras com tantas habitações entregues. Nada mais do que obrigação de uso do dinheiro público. Defendeu um PS Infantil ainda inoperante cujas instalações custaram mais de R$ 7 milhões. Falou sobre Segurança, Saúde, Esportes para todos. Disse que seus comissionados são competentes. Por isso o alto custo deles, em detrimento da realização de concursos ou melhor uso dos já efetivos?
Fugiu do Plano 45, tentando alegar que as necessidades se modificam. Garante contar com o apoio dos presidentes da Associação e do Sindicato dos Funcionários Públicos. Isso não significa satisfação total dos próprios funcionários. Sobre Segurança Pública, coincidentemente afirmou que Pindamonhangaba tem entradas e saídas, num total de 22. Seria a solução indicada por ele mesmo?

Isael Domingues – também sofreu os efeitos da adrenalina ambiente, o que é normal num enfrentamento às câmeras de televisão, ao vivo. Foi o único que teve direito de resposta e, em vez de simplesmente contradizer Luiz Rosas, autor da frase que proporcionou essa ação, utilizou o tempo para se manifestar interessado na solução dos problemas da população, haja vista conhecer a Saúde melhor do que os demais participantes. Tem planos em comum com os demais, principalmente na área da Saúde e da Segurança, mas seu diferencial é buscar recursos com a redução dos cargos comissionados e com a revisão dos contratos de locação e prestação de serviços.
Usou, inteligentemente, o discurso do representante do PSOL, Wilton, para questionar o prefeito atual sobre os cargos comissionados. Com isso, foram dois a questionar Vito Ardito sobre o mesmo assunto.

Luiz Rosas – Com enorme crachá 44 no paletó e uma camisa amarela, uma das cores tucanas, iniciou sua fala com uma certa segurança, a qual se abalou um pouco também por conta da emoção e das participações dos demais. Parecia querer despejar todo o seu discurso, mas silenciava bem antes dos 10 segundos finais sempre informados pelo mediador. Tentou afirmar ser imoral a ocupação do cargo de atual vice pelo adversário Isael, mesmo sabendo das limitações impostas ao cargo pela própria estrutura legal. Referiu que o médico poderia entregar o cargo e voltar a atender em Pindamonhangaba, aumentando o quadro de profissionais. Seria, Isael, o único médico que falta para solucionar de vez a deficiência de atendimento na Saúde? Rosas fala em Segurança, Saúde e Trabalho. Questionou a ainda não construção do teatro municipal, item de campanhas anteriores do atual prefeito.

Trocando em miúdos:
Existe muita proximidade entre Vito Ardito, Myriam e Luis Rosas. De verdade, não houve nenhuma crítica bastante contundente entre eles. Wilton não foi encurralado, pois os demais adversários parecem ter visto, em sua pessoa, apenas um a mais na disputa. Seria a zebra da vez ou o “Gugu Mello de 2016”, lembrando que este saiu para a disputa sabendo que sua função seria diminuir o risco de Paulo Sérgio Torino ficar com alguns votos a mais nas eleições passadas. Foi um candidato “opcional” criado nos bastidores da coligação vencedora, podem crer.
Sobram, então, frontais digladiadores, Vito Ardito e Isael Domingues.
Daí o povo tem mais facilidade para decidir se a “experiência faz a diferença ou faz tudo ficar como está” ou vale a pena usar seu voto como “força de trabalho para a cidade realmente avançar”.
Particularmente acredito no seguinte: se há insatisfação, isso já comprovado, a melhor experiência é mudar. Do contrário, como explicar depois para nossos herdeiros que tivemos a chance e a deixamos vazar das nossas mãos por conta do medo de mudar?
Atentem para isso: o maior amigo é o medo, que nos dá oportunidade de entendermos existir um caminho melhor. O maior inimigo é o comodismo, o conformismo.
Se Pinda tem 22 saídas, o número é esse, destacado pelo próprio prefeito atual.
Em tempo e com muitos aplausos: Claudio Nicolini, sereno, educado, profissional. Orgulho-me de ter esse nome em meu rol de grandes amigos, desde os tempos de faculdade. Parabéns Band Vale!
Essa é minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho, jornalista Mtb 36001

Jornalista Independente.

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