Assisti ao debate dos candidatos a
prefeito de Pinda, na Band. Morno, apesar da adrenalina pairando no
ar.
Pela ordem de disposição na bancada
mediada pelo competente amigo Claudio Nicolini, foi possível
perceber e destacar alguns itens:
Wilton Moreno Carteiro – moço
corajoso. Deu a cara a tapas no meio de 4 adversários com alguma
experiência junto ao público eleitor. Deu seu recado a Michel
Temer, sem ter o que temer. Fundamentou seu plano de trabalho em
buscar oportunidades para todos, com atenção para a Saúde,
Emprego, Cultura e Segurança. Valeu como experiência. Não merece
ser comparado ao Tiririca, pois pelo menos – apesar do nervosismo,
conseguiu se expressar.
Myriam Alckmin – Decorou seu
discurso. Tanto que, num momento, não conseguiu pronunciar
corretamente sobre o uso de energias. Tem um formato de plano de
trabalho muito rebuscado, pensando muito distante das atuais
necessidades. Quer criar uma tal Unibio, no Trabijú, quando o
problema maior é junto às diversas regiões mais sofridas da
cidade. Até mesmo o centro, carente de reurbanização e
organização. Não descarto a possibilidade de “uma carta na
manga” do prefeito atual, para desviar votos de Isael.
Vito Ardito – Parece viver
numa redoma onde respira felicidade, transpira satisfação, inspira
alegria. Apesar disso, em alguns momentos demonstrou não ter tanto
gás para responder prontamente às perguntas. Viajou muito sobre o
que fez, tentando mostrar ser um verdadeiro mestre de obras com
tantas habitações entregues. Nada mais do que obrigação de uso do
dinheiro público. Defendeu um PS Infantil ainda inoperante cujas
instalações custaram mais de R$ 7 milhões. Falou sobre Segurança,
Saúde, Esportes para todos. Disse que seus comissionados são
competentes. Por isso o alto custo deles, em detrimento da realização
de concursos ou melhor uso dos já efetivos?
Fugiu do Plano 45, tentando alegar que
as necessidades se modificam. Garante contar com o apoio dos
presidentes da Associação e do Sindicato dos Funcionários
Públicos. Isso não significa satisfação total dos próprios
funcionários. Sobre Segurança Pública, coincidentemente afirmou
que Pindamonhangaba tem entradas e saídas, num total de 22. Seria a
solução indicada por ele mesmo?
Isael Domingues – também
sofreu os efeitos da adrenalina ambiente, o que é normal num
enfrentamento às câmeras de televisão, ao vivo. Foi o único que
teve direito de resposta e, em vez de simplesmente contradizer Luiz
Rosas, autor da frase que proporcionou essa ação, utilizou o tempo
para se manifestar interessado na solução dos problemas da
população, haja vista conhecer a Saúde melhor do que os demais
participantes. Tem planos em comum com os demais, principalmente na
área da Saúde e da Segurança, mas seu diferencial é buscar
recursos com a redução dos cargos comissionados e com a revisão
dos contratos de locação e prestação de serviços.
Usou, inteligentemente, o discurso do
representante do PSOL, Wilton, para questionar o prefeito atual sobre
os cargos comissionados. Com isso, foram dois a questionar Vito
Ardito sobre o mesmo assunto.
Luiz Rosas – Com enorme
crachá 44 no paletó e uma camisa amarela, uma das cores tucanas,
iniciou sua fala com uma certa segurança, a qual se abalou um pouco
também por conta da emoção e das participações dos demais.
Parecia querer despejar todo o seu discurso, mas silenciava bem antes
dos 10 segundos finais sempre informados pelo mediador. Tentou
afirmar ser imoral a ocupação do cargo de atual vice pelo
adversário Isael, mesmo sabendo das limitações impostas ao cargo
pela própria estrutura legal. Referiu que o médico poderia entregar
o cargo e voltar a atender em Pindamonhangaba, aumentando o quadro de profissionais. Seria, Isael, o único médico que falta para solucionar de vez a deficiência de atendimento na Saúde? Rosas fala em Segurança,
Saúde e Trabalho. Questionou a ainda não construção do teatro
municipal, item de campanhas anteriores do atual prefeito.
Trocando em miúdos:
Existe muita proximidade entre Vito
Ardito, Myriam e Luis Rosas. De verdade, não houve nenhuma crítica
bastante contundente entre eles. Wilton não foi encurralado, pois os
demais adversários parecem ter visto, em sua pessoa, apenas um a
mais na disputa. Seria a zebra da vez ou o “Gugu Mello de 2016”,
lembrando que este saiu para a disputa sabendo que sua função seria
diminuir o risco de Paulo Sérgio Torino ficar com alguns votos a
mais nas eleições passadas. Foi um candidato “opcional” criado
nos bastidores da coligação vencedora, podem crer.
Sobram, então, frontais
digladiadores, Vito Ardito e Isael Domingues.
Daí o povo tem mais facilidade para
decidir se a “experiência faz a diferença ou faz tudo ficar como
está” ou vale a pena usar seu voto como “força de trabalho para
a cidade realmente avançar”.
Particularmente acredito no seguinte:
se há insatisfação, isso já comprovado, a melhor experiência é
mudar. Do contrário, como explicar depois para nossos herdeiros que
tivemos a chance e a deixamos vazar das nossas mãos por conta do
medo de mudar?
Atentem para isso: o maior amigo é o
medo, que nos dá oportunidade de entendermos existir um caminho
melhor. O maior inimigo é o comodismo, o conformismo.
Se Pinda tem 22 saídas, o número é
esse, destacado pelo próprio prefeito atual.
Em tempo e com muitos aplausos:
Claudio Nicolini, sereno, educado, profissional. Orgulho-me de ter
esse nome em meu rol de grandes amigos, desde os tempos de faculdade.
Parabéns Band Vale!
Essa é minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho, jornalista
Mtb 36001
Jornalista Independente.
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