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quarta-feira, 18 de maio de 2016

ARREMESSOS DE TRÊS PONTOS E A POLÍTICA ATUAL

Um arremesso de três pontos, no basquete, pode salvar uma equipe de uma derrota iminente.
Sim, pois se o placar estiver adverso em dois pontos, por exemplo 85 a 83 para o adversário, a bola roda no aro do cesto e cai para dentro, quando o cronometro ja estiver fechando o tempo de jogo, o resultado final passa a ser 86 a 85, uma virada "em cima da hora" literalmente.

E se o time de basquete é profissional, logicamente deverá auferir um bom "bicho" (paga pela vitória) e deverá, ainda, conquistar a confiança dos patrocinadores. Isso resulta, num segundo momento, em renovação de contratos, mais projeção da equipe, as marcas promovidas entusiasmadas com a permanencia de suas posições no mercado.

Agora, se o arremesso - apesar de todo o empenho do atleta - vier a não dar certo, com o aro reboteando a bola e o adversário ficando de posse dela, o placar não muda, o cronometro fecha, o time perdedor continua perdedor...

Numa decisão de campeonato, o primeiro a pagar o "pato" é o técnico. Como se ele fosse o arremessador na tentativa de três pontos.

Não errar o arremesso é buscar acertar um caminho, definir posições, construir novas possibilidades, abrir novos espaços.

Dessa preliminar consideração, passemos para a prática.

Quando o atual prefeito de Pindamonhangaba, cumprindo a Lei e respeitando o direito de cidadãos comuns terem oportunidade de praticar esportes, rompeu os caros contratos com profissionais do esportes de alto rendimento, foi colocado no paredão das críticas por conta, indiscutivelmente, das opiniões dos segmentos diretamente interessados em continuar mamando nas tetas da Administração Municipal.

O cenário até então, antes de sua posse, era de uma cidade que tinha equipes de voleibol, ciclismo e até mesmo xadrez cujos componentes tinham altos ganhos para carregarem o nome da cidade em seus uniformes. Acontece que, somente isso eles faziam. Por serem profissionais.

Toda a premiação obtida pelos atletas profissionais, ficava em seus acervos ou em suas contas bancárias. Não havia retribuição ou reposição do investimento aos cofres municipais. Aliás, despesas absurdas foram apuradas pela nova administração.

Num verdadeiro "ace", lance de voleibol quando o sacador faz a bola tocar na quadra adversária sem possibilidade de defesa, o atual gestor municipal fechou as torneiras para o profissionalismo e iniciou o atendimento ao verdadeiro público alvo das ações no terreno dos esportes geridos pela municipalidade: esporte para todos.

A decisão, totalmente correta e contemplada pelos parâmetros do Tribunal de Contas do Estado, pode ter tirado o nome de Pindamonhangaba das primeiras páginas dos veículos especializados, da mídia eletrônica e ausentou torcedores dos locais de disputa.

Entretanto, os equipamentos esportivos do município ganharam vida, entusiasmo, alegria, parceria, interação. Hoje, pelo menos 16 mil crianças e adolescentes têm direito ao uso de espaços que, anteriormente, eram privilégio de um grupo verdadeiramente não compromissado com os ideais de formação e efetiva divulgação dos valores da cidade. Apenas eram daquele tipo: pagou, trabalhamos. Não pagou, mudamos para quem paga... (Mercenários modernos ou mercenários do esporte).

Pois então. O pessoal do ciclismo, que "suava a camisa" por Pindamonhangaba, foi de malas feitas para outra cidade.

O voleibol saiu de Pinda mas, com patrocínios, continua se virando nos "30".

A equipe de basquete de São José dos Campos, destaque no NBB- Novo Basquete Brasil, acaba de perder vaga na elite do bola ao cesto. Sabem por quê?

Simplesmente a Prefeitura de lá, acertadamente e em cumprimento às orientações do Tribunal de Contas, não disponibilizará mais dinheiro do povo para o "povo profissional". 

Na verdade, nem precisaria chegar a essa situação, se tivessem feito a coisa certa desde o começo.

Jogaram, no cesto, muito dinheiro público... Para qual tipo de resultado? Perder?

Já estamos em ano eleitoral. Uhuuu! Vai começar o festival de baboseiras, uma avalanche de promessas, sem contar os mais doidos apelidos que os candidatos usam como nome de campanha... 

Em Campos do Jordão tem um político que registrou, já há alguns anos, o nome "Fedô". Isso cheira bem?

Então, em ano eleitoral é preciso que o povo saiba ler o que dizem as palavras dos candidatos, em seus discursos e nas reuniões "com famílias, em bairros". 

Essas palavras precisam ter a força do compromisso, e não de promessas. Qual a diferença?

Você pode prometer, ao santo de sua fé, ir a pé e de costas, até perante a imagem dele, para pagar a promessa. Se não for, o problema dos ajustes será entre um e outro...

O COMPROMISSO COM O POVO precisa ter o selo da verdade, da sinceridade e da praticidade em ser assumido e concretizado, em seus objetivos.

Um compromisso não pode ser, apenas, o modo de persuadir o eleitor a ser simpático às suas causas e, consequentemente, contemplar o candidato com seu voto. 

Se as urnas não mentem, O CANDIDATO PRECISA SER MERECEDOR DESSA VERDADE, evitando mentir em campanha. (Ih! Será que dá para não mentir, caros candidatos?).

Não tentem fazer o arremesso de três pontos, nos últimos segundos da gestão de agora, senão a chance do returno vai embora.

Virem o jogo, para melhor em benefício do povo, desde agora...

Afinal, o dinheiro público precisa de resultados em público. 

Mas, nem por isso, não precisa de orgias na hora de inaugurações...

Sabem como se chega ao sucesso? Pela simplicidade sincera ou pela sinceridade simples.

Bordar demais pode provocar exageros e a linha acaba logo. Sem contarmos o risco de o dedal sumir e o dedo se ferir...

Entenderam o figurativismo?

Então, é a minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho
Jornalista, MTb 36001 SP

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