A história do futebol
paulista contém inúmeras curiosidades, muitas das quais se transformaram em
tradição junto aos torcedores de cada uma das agremiações envolvidas.
Taubaté, por exemplo,
sedia hoje o carinhosamente apelidado Burro da Central, ou o Esporte, ou,
ainda, o Taubaté.
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Mascote do E.C. Taubaté (Divulgação) |
Mas como surgiu esse
apelido? Foi por conta de um descuido, lá pelos idos de 1954, quando o ainda
Esporte Clube Taubaté disputava Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Jogando
no campo do Bosque, havia goleado o Comercial de Ribeirão Preto pela contagem
de 6 a 3.
Posteriormente ao
jogo, o time perdedor denunciou uma irregularidade na formação do Taubaté,
quando Alcino, atacante, entrou em campo sem ter sua documentação regularizada
para defender a camisa azul e branca do Taubaté. Resultado: o Comercial se
classificou para continuar no campeonato, ganhando os pontos mesmo em sendo
derrotado no campo de jogo.
Thomaz Mazzoni,
jornalista de “A Gazeta Esportiva”, batizou o E.C. Taubaté como “Burro da
Central”, numa referência – inclusive, à ferrovia que passava pela cidade. O
apelido “pegou” e hoje o Taubaté é carinhosamente chamado de “Burrão”, cujo
centenário foi comemorado com grande destaque pelo SESC Taubaté, entidade que
montou mostra comemorativa.
Enganos existem.
Alguns realmente por
descuido, outros certamente por conveniência...
Principalmente nos
meios políticos, quando, conforme diz meu irmão-amigo de profissão João Paulo
Ouverney, o perdão deve ser dado quantas vezes for interessante para quem o
mesmo é solicitado.
Incrível é sabermos,
neste meandro político, existirem pessoas “encarregadas” de cometer erros,
enganos ou esquecimentos simplesmente para “livrar a cara” deste ou daquele
cidadão, aparentemente de boas intenções quanto às coisas de vencer para somar
bons resultados à população, mas enormemente focado em não ter que dispender
tempo e “tempo” com muitas pessoas as quais, “de fachada”, seriam interessantes
quando ao lado do citado político de aparentes boas intenções.
Na verdade, esse tipo
de profissional da política, em muitas das vezes, nomeia alguém para um “cargo
de confiança” capaz de arrebanhar para si as atenções de muitas pessoas precisadas
de controle para não se dispersarem e, se isso acontecer, possam vir a “jogar
no time adversário”.
Então, esse cargo de
confiança, pago para protelar, enrolar, desviar a atenção ou prender a atenção,
é capaz, ainda e principalmente, de “esquecer”. Deixa de dar recados, não
providencia documentos, não telefona para cicrano ou beltrano, espera vencerem
os prazos, perde cópias de documentos...
Resumindo: “cozinha o
galo” ou bota no “freezer” quem é perigoso se vier a jogar contra o seu time, mas
que não serve para o senhor do castelo ao qual serve. Com isso, deixa de realmente
respeitar o talento e as qualidades de trabalho e opinião dos colocados à
margem das ações em tempos de campanha.
Sabemos de fatos acontecidos
recentemente, aqui pelas terras de Bicudo Leme. Houve muita gente a qual já se
considerava com direito à pré-candidatura de vereador, por uma suposta
coligação forte da cidade. Quando esse pessoal foi buscar informações, a pessoa
responsável pelo esquecimento cumpriu o roteiro estabelecido e conseguiu se
esquecer, realmente, de providenciar transferências de um partido para outro,
dentro do prazo estabelecido pela legislação pertinente.
Uma burrice
patrocinada!
Em tempo, e fazendo
justiça ao muar tido como idiota, ele é muito mais inteligente comparando-se à
pessoa profissional do esquecimento.
Simplesmente pelo
fato de, em havendo chiadeira por parte dos esquecidos e essa chiadeira beirar
os limites do sustentável, o (a) “esquecedor (a) ” profissional também poderá ter
seus valores esquecidos e ganhar um sonoro pontapé na região glútea...
Nenhum interessado em
esquecimentos se esquece de que, em sendo o serviço mal feito, terá o direito
de esquecer o esquecedor descuidado em seu fracasso profissional.
Daí, poderíamos
plagiar Mazzoni e alcunhar essa vítima do próprio descuido como “Burrão
Eleitoral”?
É preciso que os detentores
do poder de decisão, na hora de escolher candidatos, assumam a responsabilidade
de não exporem e, muito menos, não magoarem sentimentos e ideais.
Do contrário, muita
água pode rolar por cima de suas pontes nos caminhos de chegarem ao topo. A
força da água é capaz de provocar solapamentos e, com isso, o caminho do
castelo naturalmente ficará mais distante, senão impossível.
Fica a dica, nessa
minha Opinião.
Marcos Ivan de
Carvalho
MTb. 36.001
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