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domingo, 12 de junho de 2016

DESCUIDO OU BURRICE ELEITORAL? (Texto de Marcos IVan)

A história do futebol paulista contém inúmeras curiosidades, muitas das quais se transformaram em tradição junto aos torcedores de cada uma das agremiações envolvidas.
Taubaté, por exemplo, sedia hoje o carinhosamente apelidado Burro da Central, ou o Esporte, ou, ainda, o Taubaté.
Mascote do E.C. Taubaté (Divulgação)
Mas como surgiu esse apelido? Foi por conta de um descuido, lá pelos idos de 1954, quando o ainda Esporte Clube Taubaté disputava Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Jogando no campo do Bosque, havia goleado o Comercial de Ribeirão Preto pela contagem de 6 a 3.
Posteriormente ao jogo, o time perdedor denunciou uma irregularidade na formação do Taubaté, quando Alcino, atacante, entrou em campo sem ter sua documentação regularizada para defender a camisa azul e branca do Taubaté. Resultado: o Comercial se classificou para continuar no campeonato, ganhando os pontos mesmo em sendo derrotado no campo de jogo.
Thomaz Mazzoni, jornalista de “A Gazeta Esportiva”, batizou o E.C. Taubaté como “Burro da Central”, numa referência – inclusive, à ferrovia que passava pela cidade. O apelido “pegou” e hoje o Taubaté é carinhosamente chamado de “Burrão”, cujo centenário foi comemorado com grande destaque pelo SESC Taubaté, entidade que montou mostra comemorativa.
Enganos existem.
Alguns realmente por descuido, outros certamente por conveniência...
Principalmente nos meios políticos, quando, conforme diz meu irmão-amigo de profissão João Paulo Ouverney, o perdão deve ser dado quantas vezes for interessante para quem o mesmo é solicitado.
Incrível é sabermos, neste meandro político, existirem pessoas “encarregadas” de cometer erros, enganos ou esquecimentos simplesmente para “livrar a cara” deste ou daquele cidadão, aparentemente de boas intenções quanto às coisas de vencer para somar bons resultados à população, mas enormemente focado em não ter que dispender tempo e “tempo” com muitas pessoas as quais, “de fachada”, seriam interessantes quando ao lado do citado político de aparentes boas intenções.
Na verdade, esse tipo de profissional da política, em muitas das vezes, nomeia alguém para um “cargo de confiança” capaz de arrebanhar para si as atenções de muitas pessoas precisadas de controle para não se dispersarem e, se isso acontecer, possam vir a “jogar no time adversário”.
Então, esse cargo de confiança, pago para protelar, enrolar, desviar a atenção ou prender a atenção, é capaz, ainda e principalmente, de “esquecer”. Deixa de dar recados, não providencia documentos, não telefona para cicrano ou beltrano, espera vencerem os prazos, perde cópias de documentos...
Resumindo: “cozinha o galo” ou bota no “freezer” quem é perigoso se vier a jogar contra o seu time, mas que não serve para o senhor do castelo ao qual serve. Com isso, deixa de realmente respeitar o talento e as qualidades de trabalho e opinião dos colocados à margem das ações em tempos de campanha.
Sabemos de fatos acontecidos recentemente, aqui pelas terras de Bicudo Leme. Houve muita gente a qual já se considerava com direito à pré-candidatura de vereador, por uma suposta coligação forte da cidade. Quando esse pessoal foi buscar informações, a pessoa responsável pelo esquecimento cumpriu o roteiro estabelecido e conseguiu se esquecer, realmente, de providenciar transferências de um partido para outro, dentro do prazo estabelecido pela legislação pertinente.
Uma burrice patrocinada!
Em tempo, e fazendo justiça ao muar tido como idiota, ele é muito mais inteligente comparando-se à pessoa profissional do esquecimento.
Simplesmente pelo fato de, em havendo chiadeira por parte dos esquecidos e essa chiadeira beirar os limites do sustentável, o (a) “esquecedor (a) ” profissional também poderá ter seus valores esquecidos e ganhar um sonoro pontapé na região glútea...
Nenhum interessado em esquecimentos se esquece de que, em sendo o serviço mal feito, terá o direito de esquecer o esquecedor descuidado em seu fracasso profissional.
Daí, poderíamos plagiar Mazzoni e alcunhar essa vítima do próprio descuido como “Burrão Eleitoral”?
É preciso que os detentores do poder de decisão, na hora de escolher candidatos, assumam a responsabilidade de não exporem e, muito menos, não magoarem sentimentos e ideais.
Do contrário, muita água pode rolar por cima de suas pontes nos caminhos de chegarem ao topo. A força da água é capaz de provocar solapamentos e, com isso, o caminho do castelo naturalmente ficará mais distante, senão impossível.
Fica a dica, nessa minha Opinião.
Marcos Ivan de Carvalho
MTb. 36.001



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