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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

OPINIÃO: PINDAMONHANGABA NA PESQUISA DA SETUR-SP


OPINIÃO: Governo do estado de São Paulo quer a opinião do público sobre Turismo Receptivo

Formulário pode ser preenchido até fevereiro.

Aqui está abordada minha visão sobre a gestão do turismo receptivo em Pindamonhangaba.

Costumeiramente o governo do estado de São Paulo, por meio de sua Secretaria de Turismo e Viagens, elabora um formulário de pesquisa para perceber como está o nível de satisfação e conhecimento dos paulistas moradores nos 645 municípios no tocante ao Turismo Receptivo.

Exatamente isso: Turismo Receptivo, prática frontalmente oposta ao Turismo Emissivo. Destacamos isso por conta de muitas agências existirem nas cidades paulistas com larga experiência em “levar o pessoal” para fora de suas cidades. Poucas cidades têm agências especializadas em receber turistas. O guiamento de turistas, na maioria das localidades, é feito por Guias de Turismo, profissionais capacitados, habilitados e amparados por lei para esse tipo de serviço.

Os Guias de Turismo, então, formatam seus roteiros para guiar turistas em suas cidades sede, nem sempre amparados ou divulgados pela gestão municipal do turismo. Aliás, a divulgação do Turismo Receptivo, nos veículos oficiais, é praticamente inexistente em grande parte dos 645 municípios paulista.

Posto isso, informamos a respeito do preenchimento do formulário lançado pela SETUR-SP, destacando as perguntas formuladas, todas com possibilidade de serem avaliadas numa escala de 1 (discordo totalmente) a 5 (concordo plenamente).

Especificamente sobre Pindamonhangaba, ao destacar as perguntas, me permito fazer comentários alusivos por conta de ser jornalista especializado em turismo e membro do Conselho Deliberativo da AMITur – Associação Brasileira dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico. Os comentários em negrito estarão imediatamente após o quesito formulado.

Alguns quesitos do formulário lançado pela Secretaria Estadual de Turismo e Viagens:

O TURISMO:

Ø  é bom para a minha cidade.

Ø  é bom para a população da minha cidade

Ø  ajuda no desenvolvimento econômico da minha cidade.

Ø cria oportunidades de emprego e renda para os moradores da minha cidade. (As oportunidades são “definidas” pela gestão do turismo, tornando-se vinculadas ao Fundo Social de Solidariedade)

Ø  eleva o custo de vida na minha cidade. (Pode até acontecer isso, haja vista não haver nenhum programa de conscientização ou motivação dos prestadores de serviços e ofertantes de produtos a respeito desse assunto)

Ø  melhora a infraestrutura da minha cidade (transporte, saúde, serviços, lazer, etc.). (Não existem ações inteligentes, práticas e objetivas sobre isso. Muita maquiagem, cenografia e má destinação de verbas, com projetos muito superficiais, imediatistas).

Ø  O turismo contribui e incentiva a preservação do meio ambiente em minha cidade. (Quando há responsabilidade da gestão na promoção de campanhas de conscientização, coisa inexistente em Pindamonhangaba).

Ø  As autoridades locais implementam políticas para promover o turismo sustentável na minha cidade. (Totalmente apáticas e inoperantes nesse sentido).

Ø  O turismo sustentável é aquele que leva em consideração os fatores econômicos, ambientais e socioculturais. (Por conta de a geração de empregos ser “seletiva”, sob a conduta dos organizadores integrados à gestão, isso é pouco provável).

Ø  O turismo causa poluição (ar, água e/ou solo). (Eventos, creditados ao Departamento de Turismo de Pindamonhangaba, são muito mal planejados, ocasionando resultados ruins mesmo).

Ø  O turismo contribui para o aumento do acúmulo de lixo na minha cidade. (A zeladoria municipal peca muito na manutenção rotineira da cidade).

Ø  O turismo melhora a qualidade de vida da população da minha cidade. (Quando planejado, concordo. Falta visão com planejamento, objetivos, bons resultados).

Ø  O turismo facilita o acesso da população às atrações locais. (Não. Há grande dificuldade nos transportes públicos, locais muito distantes utilizados para os chamados “festivais”).

Ø  O turismo preserva e incentiva a cultura e as tradições da minha cidade. (Precisa de mais projetos com sólidos investimentos. Pindamonhangaba é considerada, tecnicamente, como cidade de grande cultura. Mas não há eficiência na gestão desse perfil).

Ø  Eu considero seguro fazer turismo em minha cidade. (Complicado concordar com essa frase. Estamos muito mal posicionados na escala das cidades as quais zelam pela segurança pública).

Ø  A presença de turistas melhora a oferta cultural em minha cidade (eventos, festivais etc.). (Muito relativo, se considerarmos a pouca oferta de espaços culturais e destinos de turismo cultural devidamente consolidados e divulgados em Pindamonhangaba).

Ø  O turismo promove a integração entre visitantes e a comunidade local. (Nem sempre, pois turismo acontece mais acentuadamente nos finais de semana e, nessas ocasiões, não há um programa de motivar comércio e serviços do trade permanecerem abertos e, ainda, por conta do elevado índice de saída de munícipes para viagens a outros destinos).

Ø  A população tem a oportunidade de participar ativamente das decisões sobre o turismo em minha cidade. (Não. Falta divulgação. População totalmente esquecida. Exemplo: Não há verdadeira consideração e respeito ao COMTUR – Conselho Municipal de Turismo, o qual tem a prerrogativa de ser consultivo, deliberativo e fiscalizador).

Ø  O turismo dificulta a disponibilidade de moradia em minha cidade.

Ø  O turismo gera superlotação em espaços públicos da minha cidade. (Eu diria, quando isso acontece, é por falta de planejamento de espaços)

Ø  O turismo gera problemas de trânsito na minha cidade. (O trânsito, na cidade de Pindamonhangaba, é caótico para os turistas e locais, não por causa do turismo).

Ø  Em uma escala de 0 a 10, o quanto você considera o turismo como uma atividade que beneficia sua cidade? (Eu notaria 4. Ingerência e falta de conhecimento específico são os causadores quando se trata de avaliar a gestão municipal).

 

Simples assim: uma cidade inteligente não pode avocar para si uma classificação como Município de Interesse Turístico do Estado de São Paulo se não tem competência para melhor se estabelecer no segmento de Turismo Receptivo.

LINK PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO.

Assino:

Marcos Ivan de Carvalho,

Jornalista independente especializado em Turismo MTb91.207/SP

Conselheiro da AMITur

Gestor de Turismo

 

 

sábado, 21 de setembro de 2024

FILOSOFANDO A RESPEITO DE UM CABARÉ

Defensor da liberdade irrestrita, Sartre acreditava ser a liberdade o que movia o ser humano. Para ele, “o ser humano é, paradoxalmente, condenado à liberdade”. Somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos escolhendo.

Baseados nesse entendimento de Jean Paul Sartre, mesmo em não conhecendo uma linha de sua obra, muitos humanos rompem os limites de sua liberdade e tripudiam “no quintal do vizinho”.

No campo da política, em tempos de competição por cargos de gerenciamento municipal em Pindamonhangaba, ouvi de um político hoje em destaque a afirmação de ser “Deus quem escolhe os destinados ao poder”.

Assoberbou-se do poder de maneira impetuosa, definindo-se como senhor de todas as verdades e que sobre ele ninguém mais teria poder.

Pretenso praticante da pura liberdade deixou-se seduzir pela soberba, imaginando lhe ser vantajosa essa atitude de “tudo ser, nada querer em contrário, tudo poder e nada a ceder”.

É bíblica a verdade: “O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda”. (Provérbios 16:18).

Confirmando a fala popular sobre “onde houver fumaça, há de haver fogo”, cada um do grupo de fraternos amigos do gerente, talvez não conhecendo os detalhes das atitudes e comportamentos dos outros, decidiu exercer um tanto bom da mesma aparente liberdade de ser, para desfrutar de algum prazer.

De adultos, dotados da mínima capacidade intelectual em perceberem o certo e o errado, despem-se, literalmente, de todos os conceitos morais e éticos para “enfiar a cara” numa viagem pelos meandros do “perigo gostoso de fazer o indevido”.

Brincam de voltar aos tempos de “meros colegiais” atraídos por olhos, fala e modos femininos capazes de os tornarem desestruturados da mínima capacidade de discernir entre fidelidade e periculosidade.

Principalmente quando o agente sedutor, aparentemente indefeso e possível vítima para a consumação das extravagantes ideias de poderem ter satisfação pessoal (leia-se sexual) com mínimo investimento, se torna “a pedra no sapato”, o espinho na garganta, fazendo “azedar o pé do frango”.

Comprovando a afirmação de um jovem e conceituado analista político da atualidade, sobre “não haver lealdade entre os desleais”, a aparente vítima de vorazes lobos bípedes se torna motivo de verdadeiro turbilhão nas paredes do lar de cada um dos envolvidos nesse agora público aparente escândalo com pessoas públicas.

O quietismo, originado da célebre frase proferida por Bernardo VIII, no exercício papal entre 1294 e 1303, acerca de “quem cala consente”, por meio da qual o religioso estabeleceria o conceito de quando as pessoas não discordarem abertamente de uma atitude, naturalmente concordarão com ela predispõe o entendimento sobre o caso em tela.

Assim, quando há silêncio quase pleno de personalidades envolvidas, com apenas alguns seguidores se sentindo os supostos verdadeiros protagonistas acusados, a situação passa a se configurar como “cômica” se não fosse indecente, imoral, absurda!

Para os envolvidos, por conta de estarem num tempo de corridas politiqueiras, útil lhes é exercitarem o silêncio, agora já com a panela em ebulição, tentando não perder pontos preciosos no conceito da opinião pública, apesar de esta já estar com o “picuá” cheio de palavras embusteiras.

O foco é tentar diluir o risco de se perceberem sem saída, dessa ratoeira por eles próprios armada, fazendo o povo acreditar ser tudo fantasia de uma ingênua jovem mulher. Perigosa e astuta, seria melhor essa definição da “loba ovelhinha”.

Todos os envolvidos, por sua própria intenção de não perderem vantagens auferidas, parecem descobrir a necessidade de reflexão. Mas não adianta, o leite já entornou, caso sejam autenticadas as falas e postagens da parte feminina desse cenário.

Assim, qual é a solução para o povo não vir a ser mais patrocinador dessa orgia instituída, complicada com o aparente desrespeito às pessoas envolvidas naquilo denominado, nas redes sociais, como “relacionamento estável”? As autênticas donas do status de fiéis companheiras, haja vista a fidelidade ter sido, neste caso, desvinculada do lado sério de demandar a existência de duas partes sob o mesmo teto, entre quatro paredes?

A solução é uma só: o povo exercer seu poder de escolha, consciente e livre, para mudar essa situação humilhante, vergonhosa, triste, pela qual vive nossa cidade.

Acreditar em quem mente ou engana à própria família é trair a esperança pessoal de podermos dar tempos melhores os herdeiros de todos nós.

Felizmente, em considerando a premissa de fogo haver onde fumaça houver e por quem se calar, consentindo estará, a população é muito mais e melhor esclarecida no tocante ao futuro de nossas gerações.

Por isso, escândalo ou não, melhor é decidir pela troca, não apenas substituição.

Tudo será melhor se o 6 de outubro for o exercício real da liberdade de escolha e não da submissão à desrespeitosa e prejudicial deslealdade atual.

 

Marcos Ivan de Carvalho, jornalista independente, MTb 91.207/SP.